terça-feira, 31 de janeiro de 2017

SABEDORIA DE SERPENTE ( Martin Luther King Jr. mais tarde alargou sua cruzada )

Justino, que se tornou mártir, enunciou os limites da obediência a Roma: "A Deus somente10 prestamos adoração, mas em outras coisas alegremente os servimos, reconhecendo-os como reis e governadores dos homens e orando para que, com o seu poder real, façam também julgamento perfeito".
Com o passar dos séculos, alguns governadores demonstraram julgamento perfeito e outros, não. Quando houve conflito, os cristãos se colocaram contra o Estado, apelando para uma autoridade mais elevada. Thomas Becket11 disse ao rei da Inglaterra: "Não tememos ameaças, porque a Corte da qual viemos está acostumada a dar ordens aos imperadores e reis".
Os missionários que levaram o evangelho a outras culturas viram a necessidade de desafiar certas práticas, colocando-se em conflito direto com o Estado. Na índia eles atacaram o sistema de castas, o casamento infantil, a queima das noivas, o extermínio das viúvas. Na América do Sul baniram o sacrifício humano. Na África se opuseram à poligamia e à escravidão. Os cristãos compreenderam que sua fé não era uma fé simplesmente particular e devoçional, mas tinha implicações para toda a sociedade.
Não foi por acidente que os cristãos foram pioneiros no movimento antiescravatura, por exemplo, por causa de suas argumentações teológicas. Filósofos como Daviq Hume consideravam os negros inferiores, e os homens de negócio os consideravam como uma fonte barata de trabalho. Alguns cristãos corajosos viram, acima da utilidade dos escravos, o seu valor essencial, como seres humanos criados por Deus e lideraram sua emancipação.
Com todas as suas falhas, a igreja às vezes — esporádica e imperfeitamente, é verdade — tem dispensado a mensagem da graça de Jesus ao mundo. Foi o cristianismo, e apenas o cristianismo, que acabou com a escravidão. E também foi o cristianismo que inspirou a criação dos primeiros hospitais e hospícios. A mesma energia impeliu o primeiro movimento trabalhista, o voto das mulheres, as campanhas dos direitos humanos e os direitos civis.
Quanto à América, Robert Bella.h12 diz que "não houve nenhuma questão importante na história dos Estados Unidos a respeito da qual as organizações religiosas não falassem, pública e clamorosamente".
Na história recente, os principais líderes do movimento dos direitos civis (Martin Luther King Jr., Ralph Abernathy, Jesse Jackson, Andrew Young) foram pastores, e seus comoventes sermões o provaram. Igrejas negras e brancas proporcionaram os edifícios, as redes, a ideologia, os voluntários e a teologia para apoiar o movimento.
Martin Luther King Jr. mais tarde alargou sua cruzada para encampar as questões da pobreza e da oposição à guerra no Vietnã. Apenas recentemente, quando o ativismo político passou para as causas conservadoras, o envolvimento cristão na política provocou alarme. Como Stephen Carter sugere em The Culture of Pisbelief  [A cultura da incredulidade], esse alarme pode simplesmente denunciar o fato de que aqueles que estão no poder não gostam das posições dos novos ativistas.

Stephen Carter oferece bom conselho a respeito de ativismo político: para que sejam eficientes, os cristãos "cheios de graça" precisam ser sábios nas questões que escolhem apoiar ou combater. Historicamente, os cristãos têm tido uma tendência de sair pela tangente. Sim, nós lideramos o caminho para a abolição e para os direitos civis. Os protestantes, porém, também deram uma guinada com campanhas frenéticas contra os católicos, contra a imigração, contra os maçons. Grande parte da preocupação da sociedade hodierna com o ativismo cristão retrocede a essas campanhas mal formuladas.

Philip Yancey

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CULTO DE AGRADECIMENTO PELA SAÚDE DO PASTOR ANTÔNIO MARCOS DÁ IGREJA UNIFICADOS NA FÉ.

PRESENÇA DO PASTOR MIRANDA E MUITOS OUTROS PASTORES DÁ ASSEMBLEIA DE DEUS E OUTROS MINISTERIOS.










Sabedoria de serpente ( As armas da misericórdia podem ser poderosas )



As questões que desafiam a sociedade são centrais. Talvez uma guerra cultural seja inevitável. Mas os cristãos devem utilizar diferentes armas nas guerras, as "armas da misericórdia", na maravilhosa frase de Dorothy Day. Jesus declarou que deveríamos ter um sinal diferencial: não a correção política ou superioridade moral, mas o amor. Paulo acrescentou que sem amor nada do que fazemos — nenhum milagre da fé, nenhum brilho teológico, nenhuma chama de sacrifício pessoal — terá valor (1 Coríntios 13).
A democracia moderna precisa desesperadamente de um novo espírito de civilidade. E os cristãos poderiam mostrar o caminho demonstrando o fruto do Espírito de Deus: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autocontrole.
As armas da misericórdia podem ser poderosas. Contei sobre minha visita à Casa Branca, que provocou uma chuva de cartas iradas. Dois líderes cristãos em nossa reunião sentiram a necessidade de pedir desculpas ao presidente pela falta de graça demonstrada pelos companheiros cristãos. Um disse: "Os cristãos macularam a credibilidade do evangelho com a maldade de... ataques pessoais contra o presidente e sua família". Enquanto estivemos lã, também ouvimos uma história diretamente de Hillary Clinton, alvo de muitos desses ataques.
Susan Baker, republicana e esposa do ex-secretário do Estado James Baker, convidou a sra. Clinton para ir ao seu estudo bíblico bipartidario. A primeira-dama admitiu que se sentia cética a respeito de um encontro com um grupo de mulheres que se descreviam como "conservadoras e liberais, republicanas e democratas, mas todas fiéis a Jesus". Ela foi prevenida, pronta para defender suas posições e absorver alguns golpes verbais.
Mas a reunião começou com uma das mulheres dizendo: "Sra. Clinton, todas nós nesta sala concordamos em orar pela senhora fielmente. Queremos pedir desculpas pela maneira com que tem sido tratada por algumas pessoas, inclusive alguns cristãos. Nós a tratamos de maneira errada, a difamamos, a tratamos com falta de cristianismo. A senhora nos perdoa?".
Hillary Clinton disse que tinha se preparado para qualquer coisa naquela manhã, menos para um pedido de perdão. Todas as suas suspeitas se derreteram. Mais tarde, ela dedicou todo um discurso no "café da manhã para oração nacional" para enumerar os "dons" espirituais que havia recebido do grupo. Perguntou se não poderiam iniciar um grupo semelhante para jovens da idade de sua filha Chelsea, pois Chelsea não conhecia muitos cristãos "cheios de graça".
Entristeço-me porque a correspondência dos grupos religiosos conservadores é, no tom, muito parecida com a ACLU e "Peoplefor the american Way". Os dois lados apelam para a histeria, advertem contra conspirações fanáticas e se ocupam em assassinar o caráter dos seus inimigos. Resumindo, ambos exalam o espírito da nâo-graça.
Para seu próprio crédito, Ralph Reed renunciou publicamente a tais métodos. Agora ele se arrepende de usar linguagem com ausência da "graça redentora que deveria sempre caracterizar nossas palavras e atos". "Se tivermos sucesso", Reed escreveu em Active Faith [Fé Ativa], "será porque seguimos o exemplo de Martin Luther King de sempre amar aqueles que nos odeiam, lutando 'com armas cristãs e com amor cristão'. Se falharmos, não será um fracasso por causa de dinheiro ou métodos, mas um fracasso do Coração e da alma... Cada palavra que dizemos e cada ato nosso devem refletir a graça de Deus".
Ralph Reed7 olha de maneira certa para Martin Luther King Jr., que tem muito a nos ensinar a respeito de política de confrontação. "Ataque a idéia falsa, não a pessoa que defende essa idéia", King insistia. Ele lutou para pôr em prática a ordem de Jesus de "amar os inimigos", mesmo dentro de uma cadeia e sendo ridicularizado por esses inimigos. Apenas podemos persuadir nossos adversários com base na verdade, ele disse, não recorrendo à meia-verdade, ao exagero ou à mentira. Cada voluntário na organização de King comprometia-se a seguir oito princípios, inclusive estes: meditar diariamente nos ensinamentos e na vida de Jesus, andar e falar com amor e observar as regras da cortesia com todos, amigos e inimigos.
Eu estava presente em uma cena pública de confrontação que seguiu o padrão cheio de graça que o dr. King estabeleceu. Na manhã em que entrevistei o presidente Clinton, como jã mencionei, nós dois assistimos ao "café da manhã para oração nacional" em que ouvimos madre Teresa falar. Foi um evento memorável. Os Clinton e os Gore sentaram-se nas mesas de cabeceira sobre um estrado, uma a cada lado da madre Teresa. Introduzida em uma cadeira de rodas, a frágil mulher de oitenta e três anos de idade laureada com o Prêmio Nobel da Paz precisou de ajuda para se levantar. Uma plataforma especial foi colocada para permitir que ela olhasse por cima do púlpito. Mesmo assim, curvada, com sua pequena estatura, mal podia alcançar o microfone. Ela falou claramente e devagar com um pesado sotaque em uma voz que, apesar da idade, conseguia encher o auditório.
Madre Teresa disse que a América tinha-se tornado uma nação egoísta, em perigo de perder o devido significado do amor: "dar até doer". A maior prova, ela dizia, é o aborto, cujos efeitos podem ser vistos na na escalada da violência. "Se aceitarmos que uma mãe pode matar até mesmo o seu próprio filho, como podemos dizer às outras pessoas para não se matarem umas às outras?... Qualquer país que aceita o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar a violência para obter o que deseja."
Ela disse que somos incoerentes quando nos preocupamos com a violência, com as crianças famintas em lugares como a índia e a África, e não nos importamos com os milhões que são mortos por escolha deliberada de suas próprias mães. Ela propôs uma solução para as mulheres grávidas que não querem os filhos: "Dêem esses filhos para mim. Eu os quero. Eu cuidarei deles. Estou disposta a aceitar qualquer criança que seria abortada e darei essa criança a um casal unido pelo matrimônio que vai amá-la e ser amado por essa criança". Naquela época ela ja havia colocado três mil crianças em lares adotivos em Calcultá.
A religiosa encheu seu discurso com histórias comoventes de pessoas às quais ela havia servido, e ninguém que as ouvisse podia ir embora impassível. Depois do café, madre Teresa reuniu-se com o presidente Clinton e, mais tarde, naquele dia, eu vi que a conversa o havia comovido também. O próprio Clinton trouxe à tona diversas das histórias dela durante a nossa entrevista.
Corajosa e firmemente, mas com cortesia e amor, madre Teresa havia conseguido reduzir a controvérsia do aborto aos seus termos morais mais simples: vida ou morte, amor ou rejeição. Um cético poderia dizer a respeito de sua oferta: Madre Teresa, a senhora não compreende as complexidades envolvidas. Ha mais de um milhão de abortos só nos Estados Unidos anualmente. Com certeza a senhora não vai conseguir cuidar de todos esses bebês!
Mas, afinal, ela era a madre Teresa. Ela tinha vivido a sua vocação especial de Deus e, se Deus lhe enviasse um milhão de bebês, ela provavelmente encontraria um meio de cuidar deles. Ela compreendeu que amor sacrificial é uma das mais poderosas armas no arsenal cristão da graça.
Os profetas apresentam-se em todos os tipos e estilos; imagino que o profeta Elias, por exemplo, teria usado palavras mais fortes do que madre Teresa ao denunciar injustiças morais. Mas não posso deixar de pensar que, de todas as palavras sobre aborto que o presidente Clinton ouviu enquanto esteve no seu cargo, as palavras de madre Teresa penetraram mais profundamente.
Minha segunda conclusão talvez pareça contradizer a primeira: compromisso com um estilo de graça não significa que os cristãos vão viver em perfeita harmonia com o governo. Como Kenneth Kaunda,8 o ex-presidente da Zâmbia, escreveu, "o que uma nação precisa mais do que qualquer outra coisa não é de um governante cristão no palácio, mas de um profeta cristão ao alcance do ouvido".
Desde o início, o cristianismo — cujo fundador, afinal, o Estado executou — viveu em tensão com o governo. Jesus advertiu seus discípulos de que o mundo os odiaria como odiaram a Ele próprio, e no caso de Jesus foram os poderosos que conspiraram contra Ele. Quando a igreja se espalhou pelo Império Romano, seus discípulos adotaram o lema "Cristo é o Senhor",9 uma afronta direta às autoridades romanas que exigiam que todos os cidadãos jurassem que "César (o Estado) é o Senhor". Um objeto imovível encontrou uma força irresistível.

Os cristãos primitivos forjaram regras para governar seus deveres para com o Estado. Proibiram certas profissões: o ator que tivesse de afazer o papel de um deus pagão, o professor que fosse forçado a ensinar mitologia paga nas escolas públicas, o gladiador que tirava a vida humana por esporte, o soldado que matava, o policial e o juiz.

 PHILIP YANCEY

domingo, 29 de janeiro de 2017

SABEDORIA DE SERPENTE ( A guerra cultural está a caminho )



Grande parte da violência aos direitos religiosos brota da rapidez desta deriva cultural. Harold O. J. Brown, um dos primeiros ativistas evangélicos contra o aborto, diz que ele e outros enfrentaram a decisão no caso Roe x Wade como um grito para despertar no meio da noite. Os cristãos consideravam a Suprema Corte como um grupo de sábios muito digno de confiança que tiraram suas conclusões do consenso moral do restante do país. Subitamente, a bomba caiu, uma decisão que dividiu o país ao longo das linhas de frente.
Outras decisões do tribunal — estabelecendo o "direito de morrer", redefinindo o casamento, protegendo a pornografia — fizeram os cristãos conservadores cambalearem. Agora os cristãos estão muito mais propensos a considerar o Estado como antagonista da igreja, não seu amigo. James Dobson5 capta o tom quando diz: "Nada menos do que uma grande guerra civil de valores alastra-se hoje por toda a América do Norte. Dois lados imensamente diferentes e pontos de vista incompatíveis estão presos em um amargo conflito que permeia cada nível da sociedade".
A guerra cultural está a caminho. Ironicamente, cada ano a igreja nos Estados Unidos se aproxima mais e mais da situação enfrentada pela igreja do Novo Testamento: uma minoria ameaçada vivendo em uma sociedade pluralista, paga. Os cristãos em lugares como o Sri Lanka, Tibete, Sudão e Arábia Saudita enfrentam a hostilidade franca do governo há anos. Mas, nos Estados Unidos, com uma história tão compatível com a fé, não gostamos disso.
Como podem os cristãos dispensar graça em uma sociedade que parece estar se desviando de Deus? A Bíblia oferece muitos modelos diferentes de respostas. Elias escondeu-se em cavernas e desencadeou raios sobre o regime pagâo de Acabe; seu contemporâneo Obadias cooperou com o sistema, dirigindo o palácio de Acabe enquanto abrigava os verdadeiros profetas de Deus ao lado. Ester e Daniel foram usados por impérios pagaos; Jonas invocou o juízo sobre outro império. Jesus submeteu-se ao julgamento de um governador romano; Paulo pediu que o seu caso fosse conduzido ao imperador.
Para complicar ainda mais as coisas, a Bíblia nao dá conselho direto aos cidadãos de uma democracia. Paulo e Pedro insistiam com seus leitores que se submetessem às autoridades e honrassem o rei, mas, em uma democracia, nós, cidadãos, somos o "rei". Dificilmente podemos ignorar o governo quando, por direito constitucional, formamos o governo. E se os cristãos formam uma maioria, por que não se proclamar uma "maioria moral" e formar a cultura à nossa semelhança?
Quando uma forma de consenso cristão dominava nos Estados Unidos, essas questões eram menos urgentes. Agora todos nós que amamos nossa fé e também a nossa nação temos de decidir como melhor expressar esse cuidado. Eu ofereço três conclusões preliminares que deveriam ser aplicadas, haja o que houver, no futuro.
Primeiro, deve ter ficado claro que creio que dispensar a graça de Deus é a principal contribuição cristã. Como disse Gordon MacDonald, o mundo pode fazer qualquer coisa que a igreja pode, exceto uma: o mundo não pode demonstrar graça. Em minha opinião, os cristãos não estão fazendo um bom trabalho de dispensação da graça ao mundo, e nós tropeçamos especialmente neste campo da fé e da política.
Jesus não permitiu que nenhuma instituição interferisse no seu amor pelos indivíduos. A política racial e religiosa dos judeus proibia que Ele falasse com uma mulher samaritana, ainda mais com uma que tivesse antecedentes morais duvidosos. Jesus, no entanto, escolheu uma mulher samaritana para ser missionária. Entre os seus discípulos havia um cobrador de impostos, considerado um traidor em Israel, e também um zelote, membro de um partido ultrapatriota. O Senhor Jesus elogiou João Batista, que era contracultural. Encontrou-se com Nicodemos, um fariseu observador, e também com um centurião romano. Jantou na casa de outro fariseu chamado Simão e também na casa de um homem "impuro", Simão, o leproso. Para Jesus, a pessoa era mais importante do que qualquer categoria ou rótulo.
Sei como é fácil ser arrebatado pela política da polarização, gritar nas passeatas para o "inimigo" do outro lado. Mas Jesus ordenou: "Amai a vossos inimigos".6 Para Will Campbell, eles eram os Kluxers racistas que mataram seu amigo. Para Martin Luther King Jr., eram os delegados brancos que atiçavam seus cães sobre ele.

Quem é meu inimigo? Os favoráveis ao aborto? O produtor de Hollywood que polui nossa cultura? O político ameaçando meus princípios morais? O traficante que domina o centro de minha cidade? Se o meu ativismo, ainda que bem motivado, expulsa o amor, então eu entendi mal o evangelho de Jesus. Estou apaixonado pela lei, e não pelo evangelho da graça.
Philip Yancey

sábado, 28 de janeiro de 2017

Sabedoria de serpente ( PHILIP YANCEY)

Sabedoria de serpente



Na minha infância, na década de 50, o diretor da escola começava o dia com uma oração lida no intercomunicador. Na escola jurávamos fidelidade a uma nação "à sombra de Deus". Na Escola Dominical jurávamos fidelidade às duas bandeiras: a americana e a crista. Jamais me ocorreu que a América pudesse um dia apresentar aos cristãos um novo desafio-, como "agraciar" uma sociedade cada vez mais hostil a eles.
Até a recente história americana — a versão oficial pelo menos — os dois parceiros, igreja e Estado, dançavam a mesma valsa. A religião é tão penetrante que os Estados Unidos já foram descritos como uma nação com a alma de uma igreja. The Mayflower Compact [O pacto do Mayflower] especificava que o alvo dos peregrinos era "assegurado para1 a glória de Deus e avanço da fé cristã e honra de nosso Rei e pátria". Nossos fundadores pensavam que a fé religiosa era essencial para uma democracia funcionar. Nas palavras de John Adams, "nossa constituição2 foi feita apenas para um povo moral e religioso. Ela é totalmente inadequada para o governo de qualquer outro povo".
Na maior parte de nossa história, até a Suprema Corte fazia eco ao consenso cristão. Em 1931, a corte declarava: "Somos um povo cristão,3 garantindo reciprocamente uns aos outros direito igual de liberdade religiosa e reconhecendo com reverência o dever de obedecer à vontade de Deus". Em 1954, Earl Warren, um presidente do Supremo Tribunal famoso entre os conservadores, disse em um discurso: "Creio4 que ninguém pode ler a história do nosso país sem perceber que a Bíblia e o espírito do Salvador têm sido, desde o início, nossos mentores". As constituições das colônias originais, ele acrescentou, apontavam todas para o mesmo objetivo: "uma terra governada por princípios cristãos".
- Nós vivemos entre lembretes diários de nossa herança cristã. Os próprios nomes das agências do governo — o serviço civil e o ministério da justiça — apresentam implicações religiosas. Os americanos reagem rapidamente a desastres, protegem os direitos dos incapacitados, param para ajudar motoristas encalhados, doam bilhões de dólares para caridade — estes e muitos outros "hábitos do coração" refletem uma cultura nacional que cresceu a partir de raízes cristãs. Apenas alguém que viaja para o estrangeiro pode apreciar o fato de que nem todas as culturas incluem tais nuanças da graça.
Sob a superfície, naturalmente, a história conta uma história diferente. Os americanos nativos quase foram exterminados neste país "cristão". Mulheres tiveram negados seus direitos básicos. "Bons cristãos" no Sul espancavam seus escravos sem uma pontinha de remorso. Tendo sido criado no Sul, sei que os afro-americanos como um grupo não olham para trás com nostalgia para os "piedosos" dias de nossa história primitiva. "Eu teria sido um escravo naquele tempo", John Perkins nos relembra. Para essas minorias, a mensagem da graça se perdeu.

Atualmente, poucas pessoas confundem a igreja e o Estado nos Estados Unidos. E a mudança aconteceu com uma rapidez de deixar sem fôlego qualquer um que nasceu nos últimos trinta anos, ficando a imaginar de que consenso cristão estou falando. É incrível que as palavras "à sombra de Deus" foram acrescentadas ao Juramento de Fidelidade apenas em 1954, e a frase "Em Deus nós confiamos" veio a ser o lema oficial da nação em 1956. Desde então, a Suprema Corte baniu as orações nas escolas e alguns professores tentaram proibir seus alunos de escrever a respeito de alguns temas religiosos. O cinema e a televisão raramente mencionam os cristãos, exceto para depreciá-los, e os tribunais rotineiramente arrancam símbolos religiosos dos lugares públicos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O Encontro com Deus ( Ml Cap. 4 ) ( conclusão )


O ÚLTIMO PORTA-VOZ DO MESSIAS
MALAQUIAS

A profecia termina com a promessa da vinda do "Sol da Justiça". Sob o símbolo de uma fornalha, Malaquias descreveu o dia do juízo. "Nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12.29). Naquele dia, derreter-se-á o orgulho dos soberbos e dos perversos (4.1). Deus destruirá totalmente da terra todo mal, sem deixar nem raiz nem ramo. Para Malaquias, a longa noite de espera precede a gloriosa alvorada do Messias, o sol da justiça, que nascerá para ser a luz do mundo (João 8.12). Ele trará a salvação nas suas asas (4.2). O termo usado sugere a ressurreição maravilhosa do Senhor Jesus, o que garante a salvação comprada na ensangüentada cruz do Calvário. Os que aceitam a salvação são comparados poeticamente com os bezerros soltos da estrebaria, que saem e saltam na alegria da vida. A exuberância espontânea e desinibida caracteriza aquele que conhece o Cristo ressuscitado como seu Senhor e Salvador pessoal. E com a sua segunda vinda, em poder e glória, a nossa alegria será completa.
O mesmo sol que afugenta as espessas trevas da noite, e dá o conforto do calor depois do frio noturno, também pode queimar. Este Senhor Deus do universo virá para castigar os perversos: "se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos" (4.3). A segunda vinda de Cristo marcará a alegria indizível do crente, e a calamidade irreversível do ímpio. A lei do Senhor é claríssima quanto ao fim do drama da raça humana. Desde Gênesis até Malaquias a Bíblia adverte e exorta o homem a respeito do fim. "Lembrai-vos da lei!" (4.4). Antes do dia de juízo, "o grande e terrível dia do Senhor", vem o dia da graça, o dia da salvação. Este dia começaria com a vinda do profeta Elias (4.5). Isto é, um novo Elias haveria de vir. Jesus Cristo, falando de João Batista, confirmou categoricamente: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir" (Mt 11.14). Ele teria um ministério de reconciliação dentro do lar, convertendo o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais (4.6). O bendito evangelho começa no lar. Se o Evangelho não funcionar no lar, não funcionará em parte nenhuma. E curioso que muitas vezes a gente se esquece desta verdade fundamental. Há pregadores tão ocupados, salvando o mundo, que negligenciam os seus próprios filhos. A mais bela expressão do evangelho é o lar feliz, onde os pais entendem os filhos e têm tempo para eles, onde os filhos, cercados de amor, crescem no conhecimento de Jesus. Se os raios benditos de luz e amor que emanam do Sol da Justiça não transformarem o lar do pregoeiro do recado divino, o mundo cético não acreditará. Ficará sob a maldição, última palavra de Deus, que assim prepara o mundo para a nova palavra, revelada no Novo Testamento, o Verbo, a palavra perfeita do nome de Jesus.

O ÚLTIMO PORTA-VOZ DO MESSIAS parte 3º ( O Juízo do Senhor Ml Cap. 3)

O Juízo do Senhor ( Ml Cap. 3)
A religião vã, de palavras vazias, e divorciada da moral, desafia o Senhor Deus do juízo (2.17). Os judeus, voltados do exílio, esperavam o Messias como "Deus do juízo", que iria julgar as nações opressoras.
Antes da vinda do Senhor chegaria o "meu mensageiro" (no hebraico, Malaquias), e aqui há uma profecia que se refere a João Batista. O "anjo da aliança" se refere a Cristo. Os judeus sempre achavam que o Messias estaria do seu lado contra os inimigos pagãos. Na realidade sua vinda se tornaria insuportável para Israel, devido à desobediência deste. Malaquias prometeu um Messias que seria o refinador do seu povo (3.2). A igreja pode cair no mesmo erro, quanto à segunda vinda de Cristo. O Dia do Senhor anunciará o julgamento da igreja. A igreja, como Israel do passado, é responsável pela sua mordomia e dará contas ao Senhor no dia da vinda dele. Compete-nos no século XX dar ouvidos à pergunta de Malaquias: "Quem pode suportar o dia da sua vinda?"
Embora praticando a sua religião escrupulosamente, os judeus não tinham um testemunho coerente. O Senhor tinha que condenar diversos pecados no seio do seu povo. O espiritismo atraía alguns. O adultério era tolerado. Contratos eram quebrados. O salário mínimo não era pago. A obra social era negligenciada. Os estrangeiros eram explorados. E tudo isto pela simples razão que o povo de Deus não temia o Senhor. Ainda hoje o horóscopo, a zona, a exploração econômica, a mentira e o racismo minam o testemunho dos "filhos de Deus" que não temem o Juiz do mundo, que não muda (3.6). Tal pai, qual filho, os novos crentes estavam andando na devassidão. Negligenciavam a leitura da Palavra de Deus que contém os seus estatutos. Pecavam contra o Senhor mais ainda nisto, que estavam roubando-o (3.8). Segundo a lei de Moisés, o judeu devia dar o dízimo dos seus bens como oferta principal, e depois as ofertas voluntárias. O não dar o dízimo é roubo, pois pertence ao Senhor. Nunca pertencia àquele que ganha o salário. O homem não dá o dízimo. Ele o devolve. E mordomia. Para o judeu, toda transgressão da lei trazia uma maldição. Por ser o dízimo parte da lei, quem não entregava o dízimo caía automaticamente na maldição: "Com maldição sois amaldiçoados" (3.9).
O propósito de Deus é patente. Ele estabeleceu o dízimo como meio de cooperação com o homem, pelo qual ele pudesse abençoá-lo. Todo dizimista testifica o fato de que Deus é fiel. Quantas histórias comoventes provam a maravilhosa verdade que Deus, ainda hoje, abre as janelas do céu, e derrama bênçãos sem medida sobre aqueles que são fiéis na sua mordomia, dando 10% para a obra do Senhor!
Ao mesmo tempo, é importante lembrar que a lei do dízimo se aplicava a um povo terrestre do Senhor, e bênçãos terrestres lhe eram garantidas. A igreja é povo celeste, e as nossas bênçãos são principalmente celestiais (Ef 1.3). A prosperidade material não é garantida ao crente. A suficiência, sim. Paulo recomendou: "tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes" (1 Timóteo 6.8). Na sociedade de consumo, estamos realmente longe daquele contentamento apostólico. Deus abençoa materialmente conforme a situação e a necessidade de cada um de seus servos. O que é "suficiência" varia muito. Se Deus precisa de alguém em Copacabana, para evangelizar os cariocas, o "suficiente para este servo talvez seja bem diferente do de um evangelista em Xique Xique, alcançando o pessoal do Rio São Francisco.
Nunca se deve pensar no dízimo como uma apólice que assegura a prosperidade material. Não é "investimento". Muitos dizimistas fiéis têm sido chamados pelo Senhor a viver com menos recursos, e não mais. Foi precisamente a atitude materialista que Malaquias condenou nos judeus que diziam: "É inútil servir a Deus, Que nos aproveitou (isto é, materialmente) termos cuidado em guardar os seus preceitos?" (3.14). A religião dos judeus era um negócio: "quem pagasse o dízimo deveria ter um lucro maior nos negócios! " Como mencionado acima, não se dá o dízimo, pois o dízimo do salário nunca foi nosso; muito menos ele não se paga". O dízimo pertence sempre ao Senhor. Devolve-se o dízimo ao seu legítimo dono. Por esta razão, Deus não tem obrigação nenhuma de nos recompensar com bênçãos materiais por sermos honestos com a propriedade dele, a não ser a obrigação de cumprir a sua promessa graciosa.
Os contemporâneos de Malaquias queixavam-se do fato de que os descrentes, nada dando ao Senhor, prosperavam materialmente, sem sofrerem castigo: "felizes os soberbos"; que felicidade! (3.15). Quem rouba a Deus não é capaz de amá-lo. Em contraste, os fiéis falam bem dele constantemente. Deus grava a sua conversa como memorial. Aquele que ama ao Senhor, que contribui materialmente para a causa do Evangelho com alegria, é considerado o "particular tesouro" do Senhor, tornando-se objeto do seu amor e proteção (3.17). Só o Dia do Juízo revelará quem foi fiel, e quem foi mesquinho, na mordomia do dízimo do Senhor.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O ÚLTIMO PORTA-VOZ DO MESSIAS: ( 2ºº parte ) Os Líderes Reprovados ( Cap. 2 ML )

Os Líderes Reprovados ( Cap. 2 
O exílio de 70 longos anos foi o cumprimento da palavra de Deus. Já no tempo de Moisés, uns 700 anos antes. Deus tinha estabelecido o princípio de que a obediência traz a bênção divina, enquanto que a desobediência acarreta a maldição (Dt 28. 2, 15). A lei adverte especificamente a respeito do exílio: "O Senhor vos espalhará entre todos os povos" (Dt 28.64). Na Babilônia, cumpriu-se ao pé-da-letra essa profecia severa. Menos de cem anos depois da volta do exílio, Deus é obrigado a advertir o seu povo novamente sobre a maldição (2.2). Era necessário que o povo de Israel aprendesse a verdade que ele poderia perder a sua bênção pela segunda vez. Achavam que o mais importante era o culto, mas Deus, como sempre, se preocupava com o coração.
Deus se lembrou dos sacerdotes do passado que eram homens de Deus com quem ele mantinha uma aliança de vida e de paz (2.5). Eles ensinavam a verdade, e suas vidas eram retas. Mas a nova geração de líderes espirituais não era tão consagrada. Tinham se desviado do caminho (2.8). Em nossos dias também não é tão incomum o triste espetáculo de líderes cujas vidas não correspondem mais às elevadas normas evangélicas. Pastores e missionários desviados violam a aliança, e fazem tropeçar a muitos (2.8). Todo servo do Senhor deve ser realmente "Mensageiro do Senhor" (2.7), como foi o último profeta do Velho Testamento.
Deus queixou-se contra a parcialidade dos seus pastores na aplicação da lei (2.9). Certa vez eu fui cientificado de um caso de adultério cometido por um crente de uma igreja no sertão. Quando falei com o pastor a respeito, este não quis fazer nada. Como desculpa disse que diversos oficiais da igreja estavam na mesma situação, e se agisse contra eles, iria perdê-los! ... Deus declara ser desprezível e indigna tal parcialidade.

Depois de falar aos líderes espirituais, o Senhor se dirigiu ao povo. O abandono do cônjuge estava ameaçando o desmoronamento do lar em Israel. Malaquias continuou apresentando perguntas retóricas. Se Deus é realmente Pai e Criador, então, como filhos e criaturas dele numa relação vertical, os israelitas deviam mostrar lealdade uns para com os outros, na relação horizontal. O profeta antecipou-se ao apóstolo João, que escreveu o seguinte: "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso " (1 João 4.20). A infidelidade marital profana a aliança com Deus (2.10). Os crentes em Israel estavam abandonando as esposas, e contratando o segundo matrimônio com mulheres não convertidas, "adoradoras de deuses estranhos". O casamento misto entre crente e descrente ocasionara a eliminação da congregação (2.12). Nisto Malaquias confirmou a disciplina praticada por seu contemporâneo Neemias (Ne 13. 23-26), e ensinada mais tarde pelo apóstolo Paulo em 2 Coríntios 6.14: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos". Os judeus choravam e gemiam no culto (2.13), mas "o chorar não salva". Deus quer a obediência da fé. A verdade nua e crua é que a Bíblia não permite o divórcio para o seu povo. Num casamento, a testemunha principal é o próprio Senhor (2.14). São feitos os votos no seu santo nome. Por isso, o divórcio é perjúrio abominável. Malaquias apelou para "o bom senso" do leitor (2.15). São inúmeros os exemplos de sofrimento e de infelicidade causados pelo divórcio. As principais vítimas são os filhos. Nos Estados Unidos o divórcio já atingiu 50% dos casamentos na Califórnia. Torna-se cada vez mais comum encontrar pessoas divorciadas nas igrejas norte-americanas. No Brasil a lei do divórcio está aí. Por isso, é preciso escrever em manchetes a palavra de Malaquias 2.16: DEUS ODEIA O DIVORCIO. Em palavras figuradas, o profeta fala do divórcio como ato de violência. De fato, toda vítima do divórcio é violentada psicologicamente. Os golpes psicológicos precedem à separação física. Eis porque a Bíblia repete a solene exortação: "não sejais infiéis" (2.16).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O ÚLTIMO PORTA-VOZ DO MESSIAS: (1º parte) "O Amor do Senhor"

                                                 O Amor do Senhor (Cap. 1)

Malaquias proferiu sua mensagem aos seus contemporâneos no estilo tradicional dos grandes profetas do passado. Era profecia contra Israel! (1.1). Israel, apesar de tanto sofrer no exílio, não aprendera a lição espiritual. A desobediência a Deus acarreta infalivelmente o sofrimento e o juízo divino. Mesmo assim, Malaquias reafirmou logo de início que Deus ama o seu povo. "Eu vos tenho amado", diz o Senhor. Isto, sim, é uma boa nova em todos os séculos: apesar dos pesares, Deus nos ama. Quão trágico é quando o povo eleito nutre dúvidas quanto a esse amor infinito! "Em que nos tem amado?", inquiriu Israel. Como se não bastasse Deus tê-lo libertado da escravidão da Babilônia, Israel ficou insatisfeito, desejando uma prosperidade maior. Deus devia dar muito mais! Assim raciocinava a terceira geração de crentes. Davam mais valor às coisas materiais, negligenciando as espirituais.
A escolha de Deus se entende nestes termos. Esaú, o primogênito, foi rejeitado, e Jacó aceito. Deus indaga: "Não foi Esaú irmão de Jacó? Todavia, amei a Jacó" (1.2). Toda a história subseqüente da descendência de Esaú se explica pelo sistema de valores dele. No palco deste mundo, a vida humana interpreta os princípios fundamentais da Bíblia, os quais a história das nações corrobora. Edom (1.4), terra dos descendentes de Esaú, nunca poderia inverter as conseqüências dos princípios estabelecidos pelo eterno Deus.
Israel achou muito certo o julgamento de Edom, por ter se unido à Babilônia contra Israel, no tempo da queda de Jerusalém. O povo achava certo que Deus julgasse Edom conforme os seus estatutos inquebráveis, mas não se conformava com a idéia de que seria justo o julgamento de Israel pelas mesmas leis. E sempre mais cômodo apelar para o juízo divino contra "os pecadores": os corruptos, os tubarões, os lascivos, mas nunca contra nós! O mesmo Deus que julgará o mundo, também chamará a igreja ao tribunal de Cristo (Rm 14.12). São poucas as pregações baseadas em 1 Coríntios 3.15! O povo de Deus não quer saber do julgamento do Senhor para si, só para os outros. Todo verdadeiro profeta adverte o povo de Deus, tanto como "os pecadores", que seremos todos julgados.
Em Israel, todo o mundo sabia repetir de cor os dez mandamentos. O primeiro mandamento com promessa é o quinto: "Honra a teu pai e a tua mãe". Através do seu servo Malaquias Deus se queixou dos dirigentes do povo que se diziam ser "os filhos de Deus". Se Deus era de fato o pai deles, como se explicava a triste verdade que eles não lhe davam a honra que merecia? Os filhos de Deus não estavam dando honra ao Pai do céu! (1.6). Fingindo inocência, lhe replicaram: "Em que desprezamos nós o teu nome?" Neste diálogo com o Senhor, Deus apontou para o tipo de animal que eles lhe ofereciam como sacrifício. Animais coxos e enfermos eram trazidos, que eles nunca ousariam oferecer ao digníssimo governador do estado de Israel. Vinham assim indignamente à mesa do Senhor (1.7). No Novo Testamento, Paulo indica o mesmo perigo: "Examine-se pois o homem a si mesmo e assim coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si (1 Co 11.28, 29). Em todas as épocas existe o perigo de pecar contra o Senhor pela maneira como o cultuamos. Não é verdade que em geral há muita irreverência, muita superficialidade e até leviandade nos cultos mais solenes? A Igreja de hoje se assemelha ao povo de Israel nisso, que em bom número de casos está disposta a adotar atitudes de mais respeito e honra para com a presença de chefes políticos do que para a celebração da santa ceia do nosso Senhor Jesus Cristo. Com franqueza perturbadora, Deus declarou a Israel: "Eu não tenho prazer em vós" (1.10).
A falta de reverência em Israel levou o Senhor a afirmar que Seu nome é grande entre as nações (1.11). Se Israel não satisfizer o coração do seu Deus, ele chamará os desprezados pagãos, os gentios, para que o honrem. Mais uma vez, a promessa da entrada dos gentios no plano da salvação é revelada. Os planos divinos não admitem a menor possibilidade de fracasso. Se Israel falhar na sua missão, então Deus levantará os gentios para cumprir a sua invencível vontade. E se uma igreja qualquer não cumprir a vontade dele, ele suscitará outra para fazê-la.

é evidente que nos dias de Malaquias os netos dos crentes que saíram da escravidão babilônica eram de outra laia. Os avós ainda choravam de gratidão, lembrando os primeiros cultos maravilhosos, e os grandes sacrifícios oferecidos em Jerusalém, reerguida dos escombros. Era uma salvação tão grande! Mas, agora, os netos, acomodados, achavam os cultos enfadonhos. Não agüentavam as pregações que os velhos apreciavam tanto. Bocejavam no culto, anelando o fim, resmungando: "Que canseira!" (1.13) Discordavam altaneiramente com muita coisa, e davam muxoxos de desaprovação. "E me lançais muxoxos, diz o Senhor dos Exércitos". Nas ofertas, o que se dava não representava o melhor. Dava-se um pouco, do que a gente não sentia falta. Que contraste com o sacrifício desmedido dos avós, que tudo deram para reconstruir o testemunho! E possível contribuir para a obra do Senhor e ser enganador! Quando a cédula de Cr$ 500,00 é da mesma cor da de Cr$ 5.000,00 é fácil ... E Deus diz: "Maldito seja o enganador" (1.14). Ananias e Safira aprenderam esta verdade séculos depois de Malaquias. Pois Deus é um grande Rei! É o Senhor dos exércitos. E seu nome é terrível.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O ÚLTIMO PORTA-VOZ DO MESSIAS


MALAQUIAS:                 Introdução 

Nos dias de Malaquias, a volta dos judeus da Babilônia já era fato histórico do tempo dos avós. Os octogenários ainda se lembravam com emoção da dedicação do templo reconstruído, e os poucos centenários contavam a história inolvidável da volta à cidade arruinada. A história épica da chegada dos judeus em Jerusalém em 537 a.C, onde o famoso templo de Salomão jazia em escombros, desde o seu saque impiedoso em 587 a.C. pelas forças babilônicas, estava escrita indelevelmente na memória do povo de Israel. Os avós não cansavam de narrar para os netos como eles arregaçaram as mangas e começaram a reconstruir a cidade santa e o santuário de Deus, não obstante a hostilidade aberta dos seus inimigos. Com a ajuda do Senhor, a obra foi levada a cabo depois de esforços ingentes, e o povo heróico, com lágrimas nas faces, contemplou a beleza fulgurante do segundo templo, o de Zorobabel. Completou-se em 516 a.C, exatamente 70 anos depois da destruição do primeiro, conforme a palavra do Senhor.
A volta foi acompanhada por uma renovação espiritual de notável vigor. Os sacerdotes pregavam a necessidade imperiosa de uma vida santificada. A leitura pública da Palavra de Deus durante horas inteiras tornou-se popular. Nunca mais seria o povo de Israel réu da idolatria. A justiça prevalecia e todos trabalhavam para a causa com espírito abnegado.
No entanto, com a passagem do tempo, o fervor da renovação se perdeu, e o elevado padrão moral cessou de dominar a maioria. Sessenta anos depois da dedicação do segundo templo, a terceira geração de crentes se acomodara às práticas religiosas, sem se importar tanto para a vida interior. As lutas do passado eram lembradas principalmente pelos avós. A nova geração de netos via as coisas sob um novo prisma. Tendo o templo restaurado, e os cultos estabelecidos normalmente, que mais precisavam fazer?
Entre os mais antigos sempre se falava da vinda do Messias, que iria garantir a supremacia indisputa dos judeus permanentemente. Mas a sua vinda demorava. E com a demora, o fervor religioso da nova geração decrescia. Não é que os cultos não fossem freqüentados. Tudo corria com um programa bem elaborado, segundo reza a lei. E que o povo não praticava mais a religião pessoal com tanto afã. Por conseguinte, os alicerces do lar começaram a ruir. O divórcio estava se tornando mais comum entre o povo da aliança. Tornou-se socialmente aceitável no arraial dos crentes um segundo casamento com uma das belas mulheres estrangeiras que não seguiam ao Senhor. Os avós achavam que tudo estava muito mudado desde os grandes dias de Daniel, de Ezequiel, e dos demais gigantes da fé.
Nessa época de fé acomodatícia, e de valores tradicionais questionados, vivia Malaquias, o último dos profetas do Velho Testamento. O seu nome significa em hebraico "Meu Mensageiro". O nome não ocorre em nenhum outro livro da Bíblia, somente neste que leva o seu nome. é bem possível que seja um pseudônimo, como opinam São Jerônimo, Calvino e outros.
O leitor nota com facilidade o estilo indutivo do autor. O livro de quatro capítulos contém nada menos que 27 perguntas. Em diversos trechos do livro, Deus fala diretamente com Israel na primeira pessoa, num diálogo profundamente pessoal. Malaquias enfatiza a aliança sagrada entre Deus e o seu povo. Nove vezes ele menciona o nome sacrossanto de Deus.

O povo que voltou do exílio babilônico esperava a prosperidade material como recompensa pela sua obediência em voltar. Isso não ocorreu, e por conseguinte muitos sentiram que a busca de Deus era perda de tempo (3.14). Malaquias se dirigiu a este e a outros problemas espirituais. Depois da sua mensagem, seguiu-se um silêncio de quatro séculos, no período chamado intertestamentário. Por mais de 400 anos o povo de Israel esperou o cumprimento do recado profético de Malaquias. Aconteceram as horrendas guerras dos Macabeus, mas o Messias não surgiu da famosa família Macabeu. Rompeu-se o silêncio com João Batista, com a voz daquele que clamou no deserto: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas" (Mt 3.3). Malaquias previu a vinda do precursor, a quem aplicou o sugestivo título do livro: "Meu Mensageiro".

O Amor do Senhor (Cap. 1)            1º parte 
Os Líderes Reprovados (Cap. 2)    2] parte 
O Juízo do Senhor (Cap. 3)            3º parte
O Encontro com Deus (Cap. 4)      parte final


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O observador mais superficial do conteúdo da Bíblia


O observador mais superficial do conteúdo da Bíblia verificará que quase 80% do livro sacro é o Velho Testamento. Se a Bíblia toda é realmente a palavra de Deus aos homens, torna-se patente que o Velho Testamento merece muito mais atenção do que normalmente recebe. Em todos os países, inclusive no Brasil, o povo de Deus precisa redescobrir a significação e a atualidade do Velho Testamento. É verdade que a escola dominical oferece certo ensino nesta área, mas se limita geralmente ao conhecimento dos dados históricos. A interpretação desses dados é o trabalho do exegeta. Acontece, porém, que a maioria dos sermões oferecidos ao povo de Deus se baseia, quase exclusivamente, no Novo Testamento. Os Salmos gozam de grande popularidade e representam talvez a leitura mais conhecida do Velho Testamento. A parte mais negligenciada parece ser os profetas menores, e por esta razão o autor preparou estudos bíblicos baseados neles, que foram apresentados aos estudantes da ABU e da ABS. O interesse suscitado no meio estudantil levou o autor a preparar, em forma permanente, este livrinho para o público maior.
O conhecimento das condições sócio-econômicas, políticas e religiosas da época dos profetas é indispensável à compreensão da mensagem profética. Quando as referidas condições se assemelham às nossas, não obstante a passagem dos séculos, então os profetas de ontem falam hoje, e o Velho Testamento se atualiza de uma maneira notável e também proveitosa.
Neste opúsculo segue-se quase sem mudança a ordem dos livros dos profetas menores adotada na Bíblia.
Desde o século VIII a.C. até o século V a.C., os profetas menores exerceram um ministério dirigido ao povo de Deus, no período das maiores crises. Cinco deles profetizaram antes da queda de Samaria em 722 a.C., quando a nação ao norte, Israel, foi levada para o exílio na Assíria. Neste mesmo período antes do exílio de Israel na Assíria, Deus levantou Isaías, o mais sublime de todos os profetas. Depois da queda de Samaria, o profeta Naum predisse a destruição de Nínive, capital da Assíria, o que se cumpriu em 612 a.C.
A pequena nação ao sul, Judá, não aprendeu a lição de Israel, por razões semelhantes, ela seria invadida e destruída pelos babilônicos cerca de 140 anos depois. Pelo fato de ser custódia do sagrado templo do Senhor, Judá achava absolutamente inacreditável a profecia ameaçadora da queda de Jerusalém. Jeremias, o profeta chorão, apoiado pelos dois profetas menores, Habacuque e Sofonias, advertiu debalde o povo de Deus, e em 587 a.C. Jerusalém e o templo foram arrasados.
No período de 70 anos de exílio na Babilônia que se seguiu, Daniel e Ezequiel, profetas maiores, foram os principais porta-vozes do Senhor. O livrinho de Obadias tem o seu lugar no começo desse período exílico, e por conseguinte o capítulo dedicado neste livro à sua profecia é colocado depois de Sofonias, e não no lugar tradicional entre Amós e Jonas.
Os três últimos profetas menores, Ageu, Zacarias e Malaquias, pertencem ao período pós-exílico, isto é, após o ano 538 a.C., em que Ciro permitiu a volta dos judeus para a terra da promissão. Neste período os três profetas prepararam o povo para a realização da maior de todas as promessas divinas, a vinda do Messias.
Em certos casos é difícil estabelecer uma data segura para a composição de uma profecia. Os livros de Joel, de Jonas e de Naum são exemplos disso. Sendo a evidência cronológica interna às vezes inadequada, os eruditos adotam datas variadas baseadas no estilo utilizado e em considerações críticas. Embora sendo um assunto altamente relevante, a questão da data não diminui a significação espiritual e moral do recado profético. Para fins deste estudo, o autor adotou as datas conservadoras.
No cânon hebraico do Velho Testamento, os doze profetas menores formam um livro, ou coleção de escritos sacros denominada “Os Doze”. Na versão grega da Septuaginta, a mesma coletânea tem como título “Os Doze Profetas”. Nos séculos que precedem o nascimento de Jesus Cristo, os judeus piedosos se alimentavam das gloriosas promessas messiânicas contidas no livro “Os Doze”. Assim o Velho Testamento termina com “Os Doze” e sua refulgente esperança num messias todo-poderoso. É altamente sugestivo que, após o longo silêncio do período intertestamentário, o Novo Testamento se abre com Jesus Cristo e a escolha dos doze apóstolos como pregoeiros da boa nova da Salvação. Esta relação histórica, entre as promessas dos Doze no fim do Velho Testamento, e a sua realização através da missão dos Doze no início do Novo Testamento, deve despertar no povo de Deus o afã de conhecer mais profundamente os escritos inspirados dos doze profetas menores, que ainda nos falam hoje. E então a palavra dos profetas menores será uma mensagem de justiça e esperança para hoje, para o homem deste final de século 21.

ESQUEMA CRONOLÓGICO APROXIMADO

Os 4 Profetas Maiores
Os 12 Profetas Menores
Acontecimentos
Políticos


DOMINAÇÃO DA ASSÍRIA
Isaias
Oséias
Queda de Samaria, 722 a.C.
Exílio de Israel na Assíria
Queda de Nínive, 612 a.C.
Fim do Império Assírio
Joel
Amós
Jonas
Miquéias
Naum


DOMINAÇÃO DA BABILÔNIA
JEREMIAS
Habacuque
Queda de Jerusalém, 587 a.C.
Sofonias


EXÍLIO DE JUDÁ
EZEQUIEL
Obadias
Na Babilônia durante 70 anos
Queda da Babilônia, 539 a.C.
DANIEL



DOMINAÇÃO DA PÉRSIA

Ageu
O rei persa Ciro toma a Babilônia, e em 538 a.C. autoriza a volta do exílio. Restauração do templo, 517 a.C. Espera do Messias, 450 a.C.
Zacarias
Malaquias

A idéia de "tudo levedado

FERMENTO:
E sempre usada esta palavra na Bíblia com o sentido de maldade, influência
contrária à santidade, ou coisa que estraga o ambiente espiritual.
Na comemoração da Páscoa, os judeus, por ordem divina, tiravam todo o
fermento de casa e, durante os sete dias, quem comesse pão levedado, seria cortado de
Israel (Êx 12.15). Também na oferta de Manjares, não era permitido o fermento (Lv
2.11).
Jesus recomendou que os discípulos se guardassem do fermento dos fariseus e
dos saduceus. Eles pensaram que o Senhor falava do pão material. Quando Jesus
lembrou a multiplicação dos pães, compreenderam que Jesus falava da doutrina dos
fariseus (Mt 16.6 a 12). O fermento dos fariseus era a hipocrisia e orgulho de
espiritualidade. O dos saduceus era materialismo (At 23.8), negação da verdade de
Deus.
Também Jesus advertiu sobre o fermento de Herodes (Mc 8.15). Herodes tinha
astúcia de raposa. Reconciliou-se com Pilatos para condenar Jesus. Tomou a mulher do
irmão e prendeu João Batista porque este o repreendeu. Continuou a viver com a mulher
que pediu a morte do profeta (Mt 14.3-12).

Numa parábola, Jesus ensinou: "O reino dos Céus é semelhante ao fermento que
uma mulher introduziu em três medidas de farinha, até que tudo seja levedado (Mt
13.33).
A idéia de "tudo levedado'' vem duas vezes nas epístolas de Paulo: "Um pouco
de fermento leveda toda a massa" com o sentido de erro, de maldade (1 Co 5.6b e Gl
5.9). Ali claramente é um contraste entre o fermento da maldade e da malícia com “os
asmos da sinceridade".
 quem interprete a parábola do fermento dizendo que o fermento é o
Evangelho e a massa a humanidade e a mensagem de Jesus vai alcançar todo o mundo.
Houve uma corrente de teólogos ensinando que quando toda a humanidade fosse crente,
Jesus viria estabelecer o Reino do Milênio.
Esta doutrina se chamava pós-milenialismo e foi criada pelo inglês Daniel

Whiteby (1636-1726), que a chamou de "nova hipótese".

Não é possível conciliar com o ensino da Escritura o pensamento de conversão
da humanidade toda. Quando Jesus vier, exercerá seu juízo contra os incrédulos vivos,
antes de julgar os mortos (Ap 20).

Nas próprias palavras do Senhor, encontramos: "Quando porém vier o Filho do
homem, porventura achará fé na terra?'' (Lc 18.8b). O caminho da vida é estreito,
poucos acertam com ele, a maioria irá pelo caminho largo até o fim.
O fermento é o erro, a falsidade da doutrina introduzida no Cristianismo. A
mulher, a igreja visível, por falta de vigilância adotou o erro das doutrinas falsas,
costumes ou programas contrários à Palavra de Deus, numa intensidade que o
Cristianismo, como organização, ficou todo estragado.

As três medidas podem lembrar os três filhos de Noé, de quem descende toda a
humanidade. O fermento alcançou todos os povos da Ásia, da Europa e da África.
Podem ser também as três doutrinas: a fé, a esperança e o amor (1 Co 13.13), atingidas
pela falsificação.

A chamada maioria cristã não tem fé, porque não está firmada na redenção de
Jesus. Não tendo certeza de salvação, vive sem esperança e, nesta condição, não
participa do amor de Deus.
Um exemplo bem patente é a Igreja Católica Romana. Introduziu doutrinas
contrárias ao Evangelho, a mediação dos anjos, o purgatório, as boas obras para
alcançar a graça de Deus e outras. Hoje é uma organização sem a mensagem do
Evangelho e separada de Jesus Cristo.
Outro triste exemplo é o dos protestantes nos países onde contam maioria. Uns
grupos adotam uma teologia modernista ou teologia racional, que nega a infalibilidade
da Bíblia, a divindade de Jesus Cristo, o poder da morte de Jesus para a regeneração do
pecador e outras doutrinas fundamentais. Outros, dando ênfase ao "exemplo de Jesus",
se esforçam somente na prática da beneficência, levantando fundos para ajudar os
necessitados. Neste esforço omitem propositadamente a mensagem do novo nascimento
pela fé em Jesus. Não falam, nem dão valor à necessidade de salvação e do perigo da
perdição eterna.
Cumpre-se o que diz a parábola:”Está tudo levedado".
Estamos no cenário da Igreja de Laodicéia, Jesus diz a esta massa levedada:
"Vomitar-te-ei da minha boca" (Ap 3.16b). A mensagem do Salvador, em seguida, se
dirige ao indivíduo, porque cada um dará conta de si mesmos a Deus.
Em Laodicéia o mesmo Jesus continua: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo"
(Ap 3.20).
A minoria que abre a porta do coração forma a Igreja de Jesus Cristo. É o
pequeno rebanho (Lc 12.32). São os poucos que acertam com o caminho estreito (Mt
7.13).
Em cada país do mundo Jesus Cristo tem os dele, porém sempre minoria, porque
a massa do chamado Cristianismo foi levedada pela semente do erro.
Outra aplicação da palavra fermento é devocional, vem em conselhos sobre a
santificação. Aos coríntios, Paulo aconselha: "Alimpai-vos pois do fermento velho, para
que sejais uma nova massa... Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem
com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da
verdade" (1 Co 5.7a,8). amem.

DC. RERISON BRAZ