domingo, 19 de outubro de 2014

O Professor e o Ensino na EBD



            Ensinar é despertar a mente do aluno e guiá-la no processo de aprendizagem. Aprendemos através da mente. É mostrar, explicar, guiar, comunicar. É ajudar a aprender, é moldar vidas. É motivar a mudança de uma conduta anterior.      
O professor espiritual e preparado é maior a necessidade da EBD, pois o êxito desta depende disso. Pois o mesmo completa o trabalho do evangelista ou pregador.

O Professor e o preparo da Lição
            O preparo da lição é um dos deveres semanais do professor, sendo o material constituído de:

  • A Bíblia - Para o estudo do texto da lição, contexto, referências.
  • A Revista do professor.
  • Apontamentos pessoas.
  • Livros de consulta e referência - Dicionários bíblicos, concordâncias, comentários. Mas deve-se tomar cuidado para não se tornar um simples eco ou reflexo dos livros.
  • Lições anteriores estudadas.
  • Ilustrações, fatos pessoais, e observações.

O preparo da lição deve ser feito tendo em vista a necessidade do aluno e não a do professor. O que interessa a um adulto não interessa (nem sempre) a um jovem ou a uma criança. Preparar a lição sem pensar nisso é ficar diante da classe "pregando no deserto". O professor deve preparar a lição tendo em mira três propósitos para com aluno:

1) O que desejo que meus alunos aprendam? Isto visa a mente do aluno. É o plano objetivo da lição.

2) O que desejo que meus alunos sintam? Visa a afetividade do aluno. É plano subjetivo da lição.

3) O que desejo que meus alunos façam? Visa a vontade do aluno aliada a prática. É o plano objetivo-subjetivo da lição.

 Etapas no preparo da lição

 Preparo do esboço da Lição.
            Este é necessário como recurso memorizado. Deve ter no maximo quatro pontos ou subtópicos. Deve apresentar unidade, coerência e progressão.
            Quando o esboço é mais bem detalhado e completo, é chamado também de plano de aula, isto é, escolher os métodos e o material de ensino que será adotado durante a lição.
 Preparo de trabalho para a classe.
            Questionário com 5 a 10 perguntas. Testes (há vários tipos de testes). Tarefas orais ou escritas para o próximo domingo. Pode ser pesquisa, trabalho manual, ou mini preleção dum ponto da revista ou versículo. Anúncios e comunicações de interesse da classe.
            Quanto tempo é necessário para o preparo da lição? Convém, neste caso, atentar para o disposto em Jr. 48. 10. O preparo da lição deve começar na segunda feira e prosseguir diariamente a semana inteira. O preparo de uma aula de 50 minutos não pode ser coisa de fim de semana.

 O Professor e a apresentação  da lição.      
            O professor deve chegar cedo. Pelo menos 5 minutos antes do início da EBD. Antes do estudo da lição, ele cuidara das seguintes tarefas:

  • Arrumação da sala de aula.
  • Boas vindas aos ouvintes.
  • Matrícula de novo alunos.

Etapas da Lição diante da classe

  • Introdução da Lição ..........................3 minutos.
Esse é o ponto de contato do professor com a classe. O fato utilizado para introdução deve ser bem apropriado: cumprimentos, oração, boas vindas. Em seguida, introduzir o assunto da lição fazendo seu relacionamento com as demais lições da série em estudo.
  • Explanação da Lição..........................30 minutos.
É o corpo da lição ou a aula, segundo o esboço preparado.
  • Verificação da Lição..............................5 minutos.
 É a recapitulação dos pontos e verdades da lição, seguida de perguntas e respostas. 
  • Aplicação da Lição................................7 minutos.
Esta é uma das partes mais importantes da lição. O conhecimento pessoal adquirido pelo aluno não terá valor algum em si mesmo se não for aplicado. Seu valor vem da sua utilidade imediata ou remota, quando aplicada pela pessoa que o tem. Uma forma de aplicação da lição pode ser o apelo na pregação.
  • Encerramento........................................5 minutos.
É entrega das tarefas e atividades, avisos sobre trabalhos especiais da Igreja e outros.
           
            O professor deve ter sua atenção voltada também para o tempo, pois só dispõe de 50 minutos para tudo, mas se souber dosar esse período ele será suficiente. Há professores que ignoram  isso, prosseguem falando, e acham que todo mundo está gostando. Mas não deve ser assim. Ao ouvir o sinal, procure parar logo.

Atividades de Apoio

            Fale-nos da importância que a EBD tem para a Igreja de Cristo.

extraído do curso médio em teologia CETADEB; Aluno Rerison Brazão

terça-feira, 14 de outubro de 2014

PEDAGOGIA E DIDÁTICA.




            Pedagogia é a arte e ciência de ensinar e educar. São os processos e técnicas de ensinar a infância, explorando as leis psicológicas que regem o crescimento e comportamento do ser humano.
            Essas técnicas de comunicação modernizam-se constantemente para atingirem o maior número de alunos em menos tempo e do melhor modo possível, pedagogicamente. Todavia,  a mensagem da Palavra de Deus não deve jamais mudar. Para citar um exemplo, há 80 anos, por não existirem o microfone e o amplificador de som, as técnicas de comunicação de massa eram bem rudimentares. Hoje, o mais moderno auditório não dispensa tais recursos.
            Essas técnicas podem ser eficazmente educacionais, sem atingir em nada a vida espiritual, desde que usadas com sabedoria em seu devido lugar.

 O Ensino
            No conceito moderno, ensinar não é apenas transmitir conhecimentos, mas também promover a aprendizagem por parte do aluno. Essa aprendizagem não pode ser forçada nem introduzida no educando como o ato de vestir uma peça de roupa. Ensinar, portanto, não é apenas falar a uma classe, antes é, despertar, motivar e interessar a mente do aluno, e em seguida dirigí-la no processo do aprendizado.
            Não pode haver real ensino sem aprendizagem por parte do aluno. A palavra "educar" literalmente significa "conduzir para fora". Deduz-se daí o privilégio do professor, de conduzir o aluno ao encontro das experiências da vida, de tal forma que ele possa viver vitoriosa e sabiamente diante de Deus, e dos homens.        
            Se o ensino público é o meio de que se  serve o governo para eliminar o analfabetismo, a EBD deve ser o desafio da Igreja contra o nanismo espiritual em seu meio, bem como a incredulidade à sua volta.

O ensino deve ter objetivo definido
            Se o caçador atira a esmo, sem pontaria, nunca abaterá a caça. De igual modo, se na guerra o soldado disparar sem direção, está atraindo o inimigo para si. O objetivo do ensino gira em torno do aluno e suas relações quanto a tudo que é de capital importância na sua vida.

Leis do ensino e da aprendizagem

Leis - São princípios imanentes e imutáveis que regem os atos e comportamentos de todas as coisas, inclusive o ser humano.

 Leis do ensino - São as que regem a teoria e a prática educacional, utilizadas pelo professor para criar no aluno, condições ideais para que o mesmo aprenda o que se ensina.

 Processo de Aprendizagem             
O órgão de determinado sentido (olho, nariz, boca, ouvido, pele) age como receptor dos estímulos vindos de fora.

O nervo próprio desse sentido exerce a função de transmissor dos estímulos recebidos.

O cérebro recebe tais estímulos e os interpreta.

Na mente, o processo de aprendizagem ocorre na freqüência seguinte:

ü  Percepção - É a identificação de um estímulo pela mente.
ü  Idéia - É uma combinação de percepções semelhantes, resultando no que se chama de idéia geral.
ü  Juízo ou conhecimento - É uma comparação de idéias.
ü  Raciocínio - É uma comparação de juízos, geralmente chamados conclusão.

            O conhecimento das leis do ensino e aprendizagem, permite ao professor sua utilização a fim de conduzir o aluno através do desconhecido. A pura e simples transmissão de conhecimentos não é, por si só, o ato de ensinar. Mais que isto, ensinar é despertar e orientar a mente do aluno, promovendo a aprendizagem do mesmo.
            Dessa maneira Jesus ensinou a Nicodemos e a mulher samaritana. No primeiro caso, o tema foi o novo nascimento, gerando dúvidas e conseqüentes explicações. No segundo caso, os interlocutores de Jesus foram primeiro despertados pelos assuntos enfocados, em seguida orientados ao conhecimento da verdade.
            O professor trabalha com a mente do aluno, dirigindo-a no processo de aprendizagem. É um privilégio e uma responsabilidade.
            Aprender é pensar e agir por si próprio, sob orientação recebida inicialmente. Espiritualmente há outros meios de aprendizagem. Na educação secular há dois  conceitos básicos que devem ser considerados na formação da criança:

  • Toda criança normal é fisicamente imatura e precisa crescer.
  • Toda criança normal é mentalmente ignorante e precisa aprender.

Todo cristão nascido de novo é espiritualmente imaturo e precisa crescer (2Pe. 3.18), e espiritualmente ignorante e precisa aprender (Mt. 11. 29).
O aluno normal aprende quando motivado, estimulado psicologicamente, sendo despertado para a realidade e aspirações, tendo consciência do seu despreparo em relação ao contexto comunitário. Despertando sua posição retrógrada no grupo.

 As Leis da Aprendizagem e os sentidos Físicos

"Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito..." (Rm. 15. 4).

            Leis de aprendizagem são os princípios de assimilação e retenção do ensino por parte do aluno, os quais funcionam através dos sentidos físicos. São leis imanentes no próprio aluno. Elas mostram como o aluno aprende. O ensino chega à mente por meio destes sentidos, que são seis, a saber.

  • Visão - olhos.
  • Audição - Ouvidos. O ouvido compreende dois órgãos sensoriais: a audição e o equilíbrio.
  • Olfato - Nariz. Neles estão os terminais do nervo olfativo.
  • Paladar - língua. Nela estão as papilas gustativas.
  • Tato - está em todo o corpo. São as terminações periféricas dos nervos sensitivos. Essas terminações são responsáveis pelas sensações tácteis, térmicas e álgicas.
  • Conestesia - sentido muscular. Por esse sentido sabemos se um objeto é pesado ou leve. Esse sentido é tão experimental como os demais.

Referidos sentidos são as portas da alma para o seu contato com o mundo exterior. É por meio deles que recebemos os estímulos vindos de fora, os quais, após várias fases evolutivas, resultam na aquisição do conhecimento.
Cada sentido dispõe de um órgão do corpo, receptor de estímulos. O órgão receptor dispõe de um nervo que transmite ao cérebro o estímulo recebido. Resumo: o órgão recebe, o nervo transmite e o cérebro interpreta o estímulo. Todo estimulo recebido provoca na alma uma reação ou reflexo, resultando daí o nosso comportamento diário.
Exemplos de reações a estímulos recebidos pelo cérebro: movimentos, pensamentos, impulsos, atitude, emoções, etc.

O ensino chega à mente:

ü  Pelos sentidos físicos.
ü  Pela inspiração divina.
ü  Pela revelação divina.

            Não confundir os dois últimos com a intuição, que é percepção direta e imediata do conhecimento, independente de observação, experiência anterior ou processos de raciocínio.
            Para termos uma idéia do papel e do valor dos sentidos no ensino, é bom saber que:


  • Aprende-se 20% do que se ouve -  A voz do professor tem grande influência aqui. Deve ter intensidade ideal e ser agradável.
  • Aprende-se 50% do que se vê - Aqui tem grande importância a iluminação. A organização da sala também influi muito.
  • Aprende-se 70% do que se examina ou se pesquisa.
  • Aprende-se 90% do que se faz - Exemplo: cânticos com gestos, marchas, provas, testes, trabalhos manuais, desenhos, pesquisas, redações, mapas, etc.
  • Aprende-se 90% do que se Fala - Exemplo: leitura recitativa de memória, perguntas, reconstituição da lição, temas desenvolvidos, discussão orientada, mesa redonda, exposição, etc. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A Organização da Escola Bíblica Dominical.




            Nas Igrejas Assembléia de Deus do Brasil, a EBD vem-se organizando de modo progressivo, principalmente através de cursos  especiais de treinamento de professores, realizado em vários pontos do país. Esses cursos, além de contribuir para formação de maior número de professores, aperfeiçoa os professores já existente.
            Outro empreendimento que veio ajudar a EBD são os cursos de Teologia que têm surgido em diversos lugares, em cujos currículos há sempre uma disciplina exclusiva sobre a EBD.
Como toda boa escola, a EBD precisa ter a sua boa organização, sob pena de não funcionar. A organização deve ser: pessoal, material e funcional. 

 Pessoal - A organização pessoal, diz respeito aos recursos humanos de que a escola precisa ser dotada. Esse recurso vai desde o aluno até a diretoria da escola.

A diretoria da EBD é constituída de:

  • Superintendente - Nas Igrejas pequenas, o superintendente pode ser o próprio dirigente. Todavia, em virtude dos numerosos compromissos, convém escolher alguém que possua as qualidades necessárias para o desempenho do cargo.
  • Vice-superintendente - Esse é o substituto eventual, e auxiliar do superintendente.
  • Primeiro Secretário - É o secretário geral, encarregado da síntese do relatório das classes e responsável pelo fichário e arquivo da EBD. Na ausência do superintendente e seu substituto, o secretário assume a direção dos trabalhos da escola.
  • Segundo secretário - Esse é o substituto eventual, e auxiliar do primeiro.
  • Tesoureiro - Recebe, escritura e entrega á tesouraria da Igreja os rendimentos da escola, para que sejam aplicados na sua manutenção ou onde a diretoria designar. Deve ser uma pessoa capacitada e recomendada para tal cargo.
  • Bibliotecário - Responsável pela catalogação de livros, revistas, folheto, artigos, gravuras etc. Esses materiais servirão como fonte de pesquisa dos alunos da EBD.
  • Dirigente Musical - É outra atividade importante (infelizmente, pouco usada nas Igrejas), não só para reger os hinos, mas também para ensiná-los à Igreja, antes da divisão das classes. O ensino do canto às crianças e o preparo de números musicais especiais é de grande valor, pois "Deus habita entre os louvores" do seu povo.
  • Corpo Docente (ou professores) - Para ser professor da EBD é necessário preencher alguns requisitos: ser crente salvo, ser membro da Igreja, ter bom testemunho, disponibilidade em servir ao Senhor, ter aplicação nos estudos da Palavra de Deus. É muito importante que o professor da EBD seja batizado com Espírito Santo e que cultive uma vida na plenitude do Espírito. Deve, sempre que possível, fazer cursos de preparação para professores.
  • Corpo Discente (ou alunos) - São os alunos da EBD. Estes são organizados em classes e departamentos, de acordo com suas idades e de acordo com as possibilidades de cada Igreja. É importante ressaltar que o aluno, é o elemento mais importante da escola, pois ela existe por causa dele. Assim, a escola deve se adaptar ao aluno e não este a escola. As crianças são o campo mais fértil e promissor dentre os alunos da EBD. Exige maior responsabilidade. Os alunos da EBD devem ser agrupados por idade, com vistas à eficácia do ensino. Uma divisão completa compõe-se de oito agrupamentos:

Até 3 anos ----------------------- Berçário
De 4 a 5 anos ------------------- Jardim de infância
De 6 a 8 anos ------------------  Primário
De 9 a 11 anos ------------------ Juniores
De 12 a 14 anos ---------------- Intermediário
De 15 a 17 anos ---------------- Secundário
De 18 a 24 anos ---------------- jovens
Acima de 25 anos -------------- Adultos     


Obs: Quanto aos professores de alunos até doze anos, os melhores são, geralmente, moças e senhoras, pois tanto a fala como o afeto, a expressão do rosto, o gesto e a dramatização, influenciam muito nesta faixa de idade. Todavia, nas classes de doze anos acima, o ideal é que o professor seja do mesmo sexo dos alunos, pois, há assuntos específicos que somente assim poderão, ser convenientemente tratados.

ESCOLA BÍBLICA NA CONGREGAÇÃO DESEMBARGADO

















domingo, 5 de outubro de 2014

As bem-aventuranças do Sermão da Montanha



Classificadas em dois grupos:

1° - Atitudes Pessoais   (5:3-6)
a.         humildade  - os humildes de espírito
b.        Penitente    - os que choram
c.         Manso        - os mansos
d.        Justo           - os que têm fome e sede de justiça.

2° - Atitudes Beneficentes  (5:7-12).
a. Misericórdia           - para os menos afortunados.
b. Pureza de coração  - para com a própria pessoa.
c. Paz                          - para com os que agitam e perturbam.
d. Sofrimento             -  por causa dos inimigos, por causa da justiça.



Jesus está ensinando o nosso dever em manter atitudes espirituais nobres e puras; Precisamos ser uma bênção para o próximo, socorrer os pobres e amar os que nos perseguem. Devemos ser sal da terra e luz do mundo. Como sal, podemos levar os impuros de coração a sentirem sede de Deus; como luz, refletimos a glória de Deus, e revelamos as Suas obras.

Podemos notar no quinto capítulo, várias vezes, as palavras: “ouvistes o que foi dito” (5:21, 27, 33, 38, 43). É Jesus falando sobre a lei, revelando que Ele veio para cumprir a lei; é Jesus ensinando que somente Ele, o Messias, é capaz de cumprir toda a lei. Concluindo Suas palavras sobre a lei, Cristo exorta: ”Amai os vossos inimigos” – “Sede vós perfeitos”. Se quisermos ter parte no Reino de Deus, não será através da lei que poderemos alcançá-la, mas somente através do amor de Jesus. Cristo cumpriu a lei, pela força humana nunca conseguiremos tal coisa, todavia, isto é possível mediante nossa total submissão a Cristo. Façamos de Jesus nosso padrão, e assim teremos alegria, satisfação, retidão e saúde espiritual.


No capítulo 6, Cristo denuncia a religião falsa e pretensiosa dos hipócritas. Ele nos adverte para que, ao darmos esmolas, ao orarmos, ao jejuarmos, o façamos de maneira cristã, para que possamos ser abençoados.

O conteúdo da oração modelo que Jesus ensinou, fala da nossa estreita comunhão com o Pai. Deus é nosso Pai, e como filhos, podemos nos achegar a Ele confiadamente, quando oramos (Jo 16:23-24).

O Messias terminou o Sermão da Montanha (6:19-34; 7:1-29) mostrando o caminho verdadeiro quanto ao nosso viver. Não podemos servir a Deus e a Mamom (dinheiro), ao mesmo tempo. Devemos procurar a direção divina através do pedir, buscar, e bater. Devemos ser bondosos e amorosos para com os outros, pois nosso Pai tem toda bondade e amor para conosco. Afastemo-nos do caminho largo, dos falsos profetas e das religiões falsas.


Ao concluir, Jesus, o Seu sermão, a multidão estava maravilhada da Sua doutrina. Contrastando-o com os escribas, notaram que Ele ensinava com autoridade divina. Não nos detenhamos somente na admiração diante dos ensinamentos de Cristo; procuremos vivê-los em nossa vida, diariamente. São verdades fundamentais par o nosso viver diário (Tg. 1:22).

POR RERISON BRAZÃO

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Lição - 02 – A firmeza do caráter Moral e Espiritual de Daniel.




 
Lição - 02 – A firmeza do caráter Moral e Espiritual de Daniel.

Texto ÁureoDaniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles. Daniel 1:8 (NVI).

Verdade Prática: A integridade de caráter implica uma disposição interior para se manter fiel aos princípios da vida cristã.

Introdução:
Na lição desta semana será trabalhado o caráter, dos 04 jovens que foram levados para a babilônia, na primeira leva (605a.c.). A ênfase recai sobre o adolescente (jovem) Daniel que mesmo estando rodeado de um panteão de deuses, não negou a Fé no seu Deus, e ainda estando longe de casa e da família não se comportou de forma leviana, o caráter moral de Daniel – Hananias – Misael e Azarias foi notório em toda a corte babilônica.
Uma lição para todos nós, que vivemos em uma sociedade repleta de “coisas” que incitam a apostasia, que possamos aprender com esses Jovens que se mantiveram íntegros e fieis a Deus.

1 – Uma Retrospectiva Histórica.

I.                   A situação Moral e política de Judá.
Jeoacaz ou Jeocaz: Filho de Josias, rei de Judá, e Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Sucedeu seu pai aos vinte e três anos de idade reinando em lugar de seu irmão mais velho, Jeoaquim, e reinou sobre Judá apenas três meses. Durante o seu curto reinado, fez tudo o que era mal perante o Senhor e demonstrou sua maldade oprimindo o povo. Porém o Faraó Neco mandou prender a Jeocaz para que não reinasse em Jerusalém; e impôs a pena de cem talentos de prata e um talento de ouro. Em seu lugar o Faraó-Neco estabeleceu rei a Eliaquim, também filho de Josias, e mudou-lhe o nome para Jeoaquim. Quanto a Joacaz, levou consigo para o Egito, onde permaneceu preso até a sua morte, para se cumprir o Deus falou por intermédio da profetisa Hulda (II Reis 23:34; II Crônicas 36:1-4; Ezequiel 19:3).

Jeoaquim: Filho de Josias, rei de Judá, e Zebida, filha de Pedaías. Seu nome era Eliaquim, porém o Faraó-Nero mudou para Jeoaquim. Subiu ao trono de Judá com vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos em lugar de seu irmão Jeoacaz que fora levado cativo para o Egito. Assim como seu irmão, fez tudo o que era mal perante o Senhor. Durante seu reinado o rei Nabucodonosor, rei da Babilônia que havia vencido o Faraó-Neco, sobe contra Judá e por três anos tem o rei Jeoaquim por seu servo, até que este se rebela contra aquele. O Senhor então envia contra Judá os caudeus, siros, moabitas, amonitas para destruí-la por causa dos pecados cometidos pelo rei Manasses. E assim, depois de um reinado iníquo de onze anos, de grandes perturbações, foi Jeoaquim morto, sendo o seu corpo lançado para fora de Jerusalém, com indignação, como o profeta Jeremias o havia anunciado. E em seu lugar reinou seu filho Joaquim (II Reis 23:34-36; 24:1-37; II Crônicas 36:4-8; Jeremias 22:18,19; 26:23).
E no ano de 605a.c o rei de babilônia invade a Jerusalém e leva cativo o rei e alguns nobres, além de uns utensílios da casa de Deus. 

II.               A situação Espiritual de Judá.

A reforma Religiosa de Josias:
Em 2Reis pode se observar que Josias era igual a Davi, no sentido de que “fez o que era reto aos olhos do Senhor, e andou em todo o caminho de Davi seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda” (2Rs 22.2). Já em 2Crônicas vai além e explica que “começou a buscar o Deus de Davi, seu pai (2Cr 34.3). A busca a Deus por parte do Jovem rei era evidencia da obra do Espirito Santo em sua vida. Quando tinha 16 anos de idade, erradicou sistematicamente o paganismo, em todas as suas formas sincréticas e aos 20 anos acabou com a profanação da terra e a purificou, quando destruiu os lugares altos, os postes ídolos, as imagens de escultura e de fundição.

Com a morte de Josias o ultimo rei bom de Judá, morreu também a reforma religiosa, pois seus filhos não deram continuidade ao projeto do pai e Judá amargou 22 anos e 6 meses de reis maus, quando em 587a.c viram o templo ser destruído por Nabucodonosor rei de Babilônia.

III.            O império Babilônico arrasa o reino do Norte.

... Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou (Dn 1.1b). O rei de Babilônia levantou-se contra Judá por 03 vezes, como pode ser observado abaixo.
Jerusalém é invadida três vezes por Babilônia
Invasão
Ano
Rei
Acontecimentos
Ref. Bíblica
605a.c.
Eliaquim (Jeoaquim ou Jeoiaquim).
O Rei é levado para a Babilônia.
Daniel e seus amigos são levados para a capital do império. Os tesouros do templo são confiscados.
2ª Rs 24.1-2;
2ª Cr 36.5-7;
Jr 26.
Dn 1.1-7.
597a.c.
Jeoaquim (Jeconias)
O rei é levado para a Babilônia. A elite do reino de Judá é levada para a babilônia. O profeta Ezequiel é levado ao cativeiro nessa ocasião.
2ª Rs 24.8-16, 25-27;
2ª Cr 36.9-10;
Jr 22.24
1ª Cr 3.16
Mt 1.12
2ª Rs 24.14-16
Ez 1.1-2.
586a.c.
Zedequias (Metanias)
Os filhos do rei são mortos diante dos seus olhos, e depois os olhos do rei são vasados e o rei é levado acorrentado para a Babilônia. O templo é totalmente destruído. Cerca de 4.600 pessoas são levadas para a Babilônia.
2ª Rs 25.1-12;
Jr 27,28, 39. 1-14,
52.1-34.
2ª Rs 25.7
Jr 52.30.

2       – A força do Caráter.

I.                   A tentativa de aculturamento dos Jovens hebreus.
Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagirde um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes.
Frequentemente, o termo caráter é conceituado como um tipo ou sinal convencionado numa sociedade. Refere-se a à índole, ao temperamento e a forma moral. A família, a escola e a religião de um grupo contribuem para formar o caráter de uma pessoa.
Ao impor a troca de nomes de Daniel e os seus três amigos o rei Nabucodonosor estava “mudando” a identidade deles, tanto cultural quanto religiosa, advinda da Lei de Deus. Mas o que fizeram os jovens rapazes? Resistiram sabiamente, propondo outra estratégia para viverem no palácio da Babilônia sem desonrar a Deus e conservando a integridade de caráter herdado do seu povo.

II.               O caráter colocado a Prova.
Israel foi ensinada por Deus que deveria adorar somente a Ele, o único e verdadeiro Deus, ao longo da historia observamos esse “desvio” de conduta e pegamos Israel adorando a outros deuses. Em Babilônia a cultura era muito diferente lá existiam vários deuses, porem o rei Nabucodonosor adorava ao deus Marduque, também chamado de Bel. Quando Daniel e seus três amigos foram levados cativos se depararam com esse “sistema” e um panteão de deuses, porem os Jovens hebreus manteve-se íntegros e fieis a Deus. 

O mundo hoje oferece um banquete vistoso para contaminar os servos de Cristo. E muitos são enveredados por esse caminho olham a mesa cheia e nem pensam duas vezes de imediato trocam as benesses de uma vida eterna ao lado de Cristo por um “prato de lentilhas”. Que possamos nos ater ao exemplo dos jovens hebreus.

    3- A atitude de Daniel e de Seus amigos.
I.                   Uma firme resolução: Não se contaminar.
Aspenaz: chefe dos oficiais da corte de Nabucodonosor rei de Babilônia. 

E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Daniel 1:8 (grifo nosso)

Daniel decidiu a servir a Deus, mesmo num país distante de sua terra natal, “com proposito do coração”, como o serviram os primeiros cristãos de Antioquia (At 11.23). Um grupo de escravos, que tomaram tal decisão, serve de exemplo para os jovens (e todo o povo de Deus) cristãos da época atual. Eles foram considerados por Deus como primícias naquela corte pagã, pois não se contaminaram e nem se corromperam com a idolatria e corrupção ali existente.

Aspenas muda o nome dos Jovens hebreus, tentando fazer com que eles esquecessem as suas origens. Essa mudança drástica nos nomes destes servos de Deus, foi um plano diabólico.

A mudança de nomes
Hebreu
Significado
Babilônico
Significado
Daniel
O Senhor é Meu Juiz.
Beltessazar
Guia do Rei (bel deus babilônico).
Hananias
Tem sido gracioso.
Sadraque
Regozijando-se pelo caminho.
Misael
Quem é o que Deus é?
Mesaque
Quem é como o deus lua?
Azarias
Ajudado do Senhor.
Abde-Nego
Servo do deus mercúrio.

II.               Daniel, um modelo de excelência.
Vamos refletir um pouco: convido-lhe a viajar comigo, estamos em um país distante do nosso (Brasil), de cultura, língua, pessoas, diferentes e tudo isso com 15 anos, longe de casa, sem os pais para dar ditos, parece um sonho de muitos adolescentes (jovens) eu lhe pergunto: como nos comportaríamos?

Em um cenário parecido (para não dizer igual) estava o jovem Daniel, com seus 15 anos, em Babilônia a nação mais poderosa de seu tempo, de cultura diferente da sua, porem Daniel tinha algo que falta a muitos Cristãos - relacionamento com Deus – este Jovem sabia que apesar de estar longe de casa, estava perto de Deus, longe dos pais, mas perto do PAI. Claro isso não exclusivo de Daniel, senão vejamos:
  • Samuel (1Sm 3.1-11);
  •   José (Gn 39.2);
  •   Davi (1Sm 16.12) e
  •   Timóteo (2Tm 3.15).
Todos estes são exemplos de Jovens que souberam conciliar, a vida cultural de uma sociedade sem Deus, com a vida de oração e de compromisso com o evangelho.

III.            Daniel: modelo de integridade x sociedade corrupta.
Corrupção: depravação moral, suborno.
Manter-se integro ou fazer parte de uma sociedade corrupta? A resposta parece ser muito simples: “manter-se integro”, e quando estou envolto de pessoas corruptas, de uma sociedade corrupta onde os valores éticos e morais já quase não existem? Ainda parece simples: “manter-se integro”, pois bem e quando custa a minha vida? É agora que se manifesta a minha crença e meus valores, quando minha vida entra em cena, somente assim é que podemos medir o peso de nossa integridade. 

Foi assim com Daniel, foi governador aos 18 anos (Dn 2.48) mais se manteve firme em suas convicções, diante do rei, e dos demais sobe respeitar seus superiores, sem negar a Fé, e mesmo quando corria risco de morte ainda assim manteve-se fiel. 

As manchetes de jornais quase que diariamente noticiam um escândalo envolvendo homens públicos em casos de corrupção, o que me deixa mais perplexo é que em meio a esses “nomes” estão os de pessoas que si diziam crentes. Que foram eleitas (segundo eles) para defender as causas do reino, bom soube argumentar dizendo: que Daniel e José tiveram participações em governos no passado, só que esses irmãos depois de eleitos esqueceram-se de continuar com o exemplo desses dois homens de Deus (Daniel e José), e abster-se das iguarias do rei.

Que tenhamos em Daniel um exemplo de integridade e fidelidade, mesmo que isso nos custe à vida.

Por: Noé Gomes

Bibliografia:
Daniel Versículo por versículo, as visões para estes últimos dias. – Severino Pedro – CPAD.
Quem é quem na Bíblia Sagrada – Paul Gardner – Vida.
História de Israel – Eugene H. Merrill – CPAD
Ensinador Cristão ano 15 nº 60 – CPAD
Minidicionário escolar da língua portuguesa Silveira Bueno.

fonte: http://seeensinar.blogspot.com.br