sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ZEZITO FAUSTINO

INICIANDO COM UM GRANDE CULTO DE UM LANÇAMENTO DO 2º CD DO CANTOR EVANGÉLICO ZEZITO FAUSTINO DA QUI DE PONTA DO MEL DESDE JÁ RECOMENDO PARA VOCÊ CONVIDA-LO SÃO HINOS DE LOUVORES AO SENHOR JESUS CRISTO QUE TEM LETRAS E TOCA NA ALMA PRECISAMOS VOLTAR A COLOCAR NOS NOSSOS PÚLPITOS OS HINOS QUE FALA E TOCA NA ALMA E NÃO AS CANTARELAS QUE SÓ MEXE COM O CORPO UM DOS



PREGADORES AURILES SILVA DE SANTA CRUZ

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Abraão era judeu?

Abraão era judeu?

Pergunta: "Recentemente alguém me disse que Abraão não era judeu, mas caldeu. Também Isaque e Jacó não teriam sido judeus. Somente depois do filho de Jacó, Judá, eles teriam se tornado judeus (tribo de Judá). Tenho outra opinião, porque em Gênesis 11.10ss são mencionadas as gerações de Sem, onde aparece também Abraão. Pois os judeus vêm da descendência de Sem (semitas). E Abraão, em geral, é tido como patriarca dos judeus. Minha opinião está correta ou estou enganado?"
Resposta: Na verdade Abraão ou Abrão, como ele se chamava inicialmente, não era judeu de berço. Gênesis 11.26-28 diz em relação à sua origem: "Viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. São estas as gerações de Tera. Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. Morreu Harã, na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus, estando Tera, seu pai, ainda vivo."Sobre Ur lemos num dicionário bíblico: "Cidade muito antiga no sul da Babilônia, que se indentifica como Tell el-Muqayyar; ela estava situada na margem direita do rio Eufrates, a meio caminho entre Bagdá e o Golfo Pérsico. Tera e seus filhos – entre eles Abrão – nasceram em Ur e de lá se mudaram para Harã". Portanto, a pátria de Abraão ficava na Babilônia. Josué também salienta isso no seu "discurso à nação": "...Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses" (Js 24.2). Abraão de fato descendia de Sem, portanto era um semita, mas ele servia a quaisquer outros deuses babilônicos. Ter origem semítica ainda não significava ser o patriarca de Israel, mas simplesmente que Canaã lhe seria submisso, seria seu servo (Gn 9.26).
A mudança só ocorreu em Gênesis 12. Ali houve um acontecimento que não apenas desestruturou o pequeno mundo de Abraão, mas que teve conseqüências que vão perdurar até o fim dos tempos. O Deus Soberano, o Criador dos céus e da terra, chamou um único homem, ordenou-lhe que deixasse sua terra e partisse para uma terra distante que Ele lhe mostraria. O Senhor não lhe disse o nome dessa terra. Por isso, Abraão não sabia em que se envolveria, mas creu na promessa que lhe foi dada a seguir: "de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!" (Gn 12.2). Embora somente seu neto Jacó tenha recebido o nome de Israel (Gn 32.28), isto não muda o fato de Abraão ser o patriarca do povo de Israel. Pois Abraão, Isaque e Jacó sempre são mencionados em conjunto, por exemplo, em Gênesis 50.24; Êxodo 33.1; Levítico 26.42; Números 32.11; Deuteronômio 1.8; Mateus 1.2; Lucas 13.28; Hebreus 11.8-9 e assim por diante. A base para isso é e continuará sendo a aliança de Deus com Abraão.
O nome "judeus" muitas vezes é usado como sinônimo de Israel, mas deveríamos lembrar que isso não é historicamente exato, pois o reino de Davi se dividiu depois da morte de Salomão (930 a.C.). Formou-se, por um lado, o Reino do Norte (as dez tribos de Israel) e, por outro lado, o Reino do Sul (as duas tribos de Judá, os descendentes de Judá e Benjamim – veja 1 Reis 12). Depois do cativeiro babilônico, o nome "judeus" é usado de modo geral para os habitantes da Judéia. É interessante que no Novo Testamento Jesus é chamado de "Rei dos judeus" pelos estrangeiros (Mt 2.2; Mt 27.11, etc.), enquanto os próprios judeus o chamaram de "rei de Israel" (Mt 27.42). Atualmente não importa mais se um judeu ou uma judia descende de Judá, de Benjamim ou de qualquer uma das outras dez tribos. Usa-se a designação "judeus" genericamente para uma comunidade étnica que sobreviveu apesar de séculos de perseguição, porque Deus confirmou Sua aliança com Israel através de um juramento e conduzirá Seu povo para o alvo! (Elsbeth Vetsch)

Mas, onde está ela agora, e quando foi removida do Templo?


Tem havido muita especulação a respeito da localização da Arca da Aliança. A Arca, cujo projeto foi dado por Deus a Moisés, foi construída em madeira de acácia, coberta de ouro, e continha duas tábuas com os Dez Mandamentos inscritos nelas. Foi construída durante o Êxodo e estava no lugar santo do Tabernáculo. Mais tarde, foi colocada no Santo dos Santos no Templo que Salomão construiu. Central à adoração no Templo, ela era aspergida com sangue uma vez por ano no Yom Kippur – o Dia da Expiação – primeiro pelos pecados do sumo sacerdote e depois pelos pecados da nação de Israel.
Mas, onde está ela agora, e quando foi removida do Templo? Tem havido muitos relatos quanto à sua localização, inclusive em especiais na televisão e em filmes. Alguns especulam que ela tenha sido levada para a Etiópia. Outros dizem que foi levada para Roma. Ainda outros afirmam que ela foi roubada pela Babilônia e levada para lá. Entretanto, nenhuma das pessoas que afirmam saber onde ela está jamais a viu.
Falei com dois rabinos e com um expert sobre o monte do Templo, que fizeram declarações publicas, dizendo que estiveram no local da Arca da Aliança. O rabino Yehuda Meir Getz foi, durante décadas, o rabino do Muro Ocidental de Jerusalém. O rabino Shlomo Goren foi o primeiro chefe do Rabinato Militar das Forças de Defesa de Israel e o primeiro a orar junto ao Muro Ocidental, logo após a reunificação de Jerusalém, em 1967. Ele também começou o centro de treinamento para futuros sacerdotes.
Em 1982, ambos desceram abaixo do monte do Templo, até uma área na qual eles afirmam que a Arca da Aliança repousa atualmente. Quando Gershon Salomon, fundador dos Fiéis do Monte do Templo, foi convidado a se unir a esses dois rabinos na busca, ele ficou tão animado que se esqueceu de calçar seus sapatos antes de sair correndo para o monte do Templo.
Embora tenhamos o testemunho desses homens honrados e dignos de confiança, a questão em último caso se baseia na Palavra de Deus. No Segundo Livro de Crônicas 35.3 lemos que o rei Josias “disse aos levitas que ensinavam a todo o Israel e estavam consagrados aoSenhor: Ponde a arca sagrada na casa que edificou Salomão, filho de Davi, rei de Israel; já não tereis esta carga aos ombros. A palavra para “casa” em hebraico é bayith. Ela pode também ser traduzida por “câmaras”’ ou “quartos interiores”, “calabouço”, ou “o ponto mais baixo”.
Para proteger a Arca de ser roubada por uma dessas nações, o rei Josias – um homem à frente do seu tempo – ordenou aos levitas que pusessem a Arca em um esconderijo secreto e isolado debaixo do que é agora o Domo da Rocha.
O texto não se refere a colocar a Arca no Templo; ela tinha estado no Santo dos Santos do Templo por muitos anos (1Rs 8.2; 2Cr 5). Em vez disso, Josias reconheceu a ameaça representada pelos babilônios e egípcios. Esses dois impérios estavam guerreando um contra o outro naquela época, e Israel foi pego no meio da batalha. Para proteger a Arca de ser roubada por uma dessas nações, o rei Josias – um homem à frente do seu tempo – ordenou aos levitas que pusessem a Arca em um esconderijo secreto e isolado debaixo do que é agora o Domo da Rocha.
Segundo Crônicas 35.3 é a última menção da Arca da Aliança nos livros históricos. Jeremias 3.16 se refere a ela, dizendo que, quando o Messias vier, ninguém mais mencionará a Arca da Aliança. A Arca é um tipo ou uma figura do Messias prometido. Quando o Verdadeiro chegar, o tipo será desnecessário. A passagem final que se refere à Arca é Apocalipse 11.19, que menciona o Templo original dos céus, como tendo sua própria e original Arca do Testemunho.
A Arca da Aliança nunca saiu de Jerusalém. Acredito que ela esteja lá agora, em um esconderijo seguro, secreto, isolado, preparado por Deus através do rei Salomão, para protegê-la até quando seja necessária nos últimos dias, no próximo Templo – o Terceiro Templo, o Templo da Tribulação – que será construído logo depois do Arrebatamento da Igreja. Mas ela não será necessária no Templo do Messias – aquele que o próprio Jesus Cristo edificará depois da Tribulação, aquele de onde Ele vai governar e reinar por 1.000 anos no Reino por vir. (Jimmy DeYoung – Israel My Glory  

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Os dez mandamentos do Senhor


Os dez mandamentos do Senhor

Texto áureo

Porque o fim da lei é cristo para justiça de todo aquele que crê Rm 10.4
"Cristo conclui a lei e traz justiça para todo aquele que tem fé" (NEB). A palavra "fim" (telos) tem duplo sentido; pode significar "alvo" ou "término". Por um lado, Cristo é a meta visada pela lei, no sentido de que Ele é a encarnação da perfeita justiça, sendo que veio a "engrandecer a lei e fazê-la gloriosa" (ver Is 42:21); em Mateus 5:17 vemos estas pa­lavras do próprio Senhor Jesus: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir". E a lei é cumprida na vida daqueles que estão "em Cristo Jesus" (ver 8:3s.). Por outro lado (e esta é a ênfase primordial das palavras de Paulo), Cristo é a terminação da lei no sentido de que, com Ele, a velha ordem, da qual a lei fazia par­te, foi eliminada, para ser substituída pela nova ordem do Espírito. Nesta nova ordem, a vida e a justiça são acessíveis mediante a fé em Cristo; por­tanto, ninguém precisa tentar obter essas bênçãos por meio da lei. (Ver P-49.)
Introdução:

A Lei e a Graça

É de a maior importância compreender o verdadeiro caráter e o objeto da lei moral, como nos é apresentada neste capítulo. Existe uma tendência no homem para confundir os princípios da lei com graça, de sorte que nem a lei nem a graça podem ser perfeitamente compreendidas. Alei é despojada da sua austera e inflexível majes­tade, e a graça é privada de todos os seus atrativos divinos. As santas exigências de Deus ficam sem resposta, e as profundas e múltiplas necessidades do pecador permanecem insolúveis pelo sistema anómalo criado por aqueles que tentam confundir a lei com a graça. Com efeito, nunca podem confundir-se, visto que são tão distintas quanto o podem ser duas coisas. Alei mostra-nos o que o homem deveria ser; enquanto que a graça demonstra o que Deus é. Como poderão, pois, ser unidas num mesmo sistema1?- Como poderia o pecador ser salvo por meio de um sistema formado em parte pela lei e em parte pela graça1? Impossível: ele tem de ser salvo por uma ou por outra.

O Propósito da Lei

A verdade é que, como nos ensina o apóstolo, a lei veio para que a ofensa abundasse (Rm5:20). Isto mostra-nos claramente o verda­deiro objetivo da lei: veio a propósito para que o pecado se fizesse excessivamente maligno (Rm 7:13). Era, em certo sentido, como um espelho perfeito enviado para revelar ao homem o seu desarranjo moral. Se eu me puser diante de um espelho com o meu vestuário desarranjado, o espelho mostra-me o desarranjo, mas não o põe em ordem. Se eu fizer descer sobre um muro tortuoso um prumo, o prumo mostra a tortuosidade, mas não a altera. Se eu sair numa noite escura com uma luz, esta revela-me todos os obstáculos e dificulda­des que se acham no caminho, mas não os remove. Além disso, o espelho, o prumo, e a luz não criam os males que revelam distintamente: nem os criam nem os afastam, apenas os revelam. O mesmo acontece com a lei: não cria o mal no coração do homem nem tampouco o tira; mas revela-o com infalível exatidão.

"Que diremos pois  É a lei pecado1?- De modo nenhum; mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência se a lei não dissesse: Não cobiçarás" (Rm 7:7). O apóstolo não diz que não teria tido "concupiscência". Não, mas apenas que não a teria conhecido. A "concupiscência" existia; mas ele estava às escuras quanto ao fato, até que a lei, como a luz do Deus Onipotente, brilhou nos recessos tenebrosos do seu coração e revelou o mal que nele havia Assim como um homem numa câmara escura pode estar rodeado de poeira e confusão sem, contudo poder ver nada por causa da escuridão.
Objetivos do concerto

Por que foi dada a lei ?

Portanto, a lei, qualquer que seja a forma em que apareça, é lei de Deus — "santa, justa e boa" (7:12). Se, como Paulo insiste, ela não foi dada para servir de meio para a justificação dos homens, por que foi dada? A esta interrogação a Epístola aos Romanos oferece diversas res­postas, que podem ser ordenadas sob quatro títulos principais.

(1) Foi dada para ser uma revelação de Deus e de Sua vontade.

 A distinção entre o certo e o errado não é simples questão de convenção social. Está arraigada no ser e no caráter de Deus, e gravada na cons­tituição do ser humano, criado como foi à imagem de Deus. A lei é lei de Deus e, como o próprio Deus, é "verdadeira e totalmente justa" (Sl 19:9; ver 7:12,16, 22).

(2)  Foi dada para o bem-estar e a preservação da raça humana.

 Esta finalidade em particular é principalmente atendida pelo governo civil que (como se vê claramente exposto em 13:1-7) é um ministério ordenado por Deus para amparar e estimular a prática do bem, e reprimir e castigar a prática do mal.3

(3)  Foi dada para pôr o pecado às claras, e para levar os homens ao arrependimento e à confiança na graça de Deus.

 Embora em teoria o homem que guardar a lei viverá por ela (Rm 10:5), na prática ninguém é justificado pelas obras da lei, por causa do fracasso universal em guardá-la perfeitamente (3:20, 23). A tendência inata do homem, de ir contra a vontade de Deus, manifesta-se em atos concretos de desobediência quan­do a vontade divina é revelada na forma de mandamentos específicos
(5:13), de modo que "pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (3:20; 7:7). Mas o homem que experimentou o poder que a lei tem de trazer o seu pecado à luz, juntamente com a incapacidade da lei de con­seguir-lhe a condição de justo aos olhos de Deus, é o que está mais dis­posto a lançar-se com fé à graça de Deus, revelada em Cristo, como o único meio de obter sua justificação. Assim, conforme Paulo o coloca noutra epístola, "a lei foi nosso guardião até quando Cristo veio, para que fôssemos justificados pela fé" (Gl 3:24, RSV). Mas agora que Cristo veio, Ele "é o fim da lei para que todo aquele que tem fé seja justificado"
(10:4, RSV) — quer dizer, Ele não só cumpriu a lei pessoalmente, por Sua perfeita submissão à vontade de Deus mas, visto que o caminho de Deus para a justiça foi aberto em Cristo, Ele assinala a substituição ou o "fim" da lei, mesmo como um meio teórico de justificação. Os que são justificados pela fé nEle, não estão "debaixo da lei, e, sim, da graça" (6:14).
(4) Foi dada para prover orientação para a vida do cristão. Graças à habitação do Espírito no coração daqueles que estão "em Cristo Jesus", as justas exigências da lei se cumprem neles com divina espontaneidade quando vivem "segundo o Espírito"

Um Jugo Impossível de Levar

O capítulo 15 do livro de Atos mostra-nos como o Espírito Santo respondeu à tentativa que se pretendera fazer para pôr os crentes sob a lei, como regra de vida. "Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés" (versículo 5). Isto não era mais do que o silvo da antiga serpente fazendo-se ouvir nas sugestões sinistras e desanimadoras desses primitivos legalistas. Mas vejamos como o assunto foi resolvido pela poderosa energia do Espírito Santo e a voz unânime dos doze apóstolos e de toda a Igreja. "E, havendo grande contenda, levan-tou-se Pedro e disse-lhes: Varões irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Deus me elegeu, dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem". — O quê? As exigências e as maldições da lei de Moisés? Não; bendito seja Deus, esta não era a mensagem que Deus queria fazer chegar aos ouvidos de pecadores perdidos. Ouvissem, então, o quê"? "OUVISSEM DA MINHA BOCA A PALAVRA DO EVANGE­LHO E CRESSEM". Aqui estava a mensagem que correspondia ao caráter e natureza de Deus. Ele nunca teria perturbado os homens com uma linguagem triste de exigências e proibições. Esses fariseus não eram Seus mensageiros — muito pelo contrário. Não eram portadores de boas novas, nem anunciadores da paz, e portanto os seus pés eram tudo menos "formosos" aos olhos d'Aquele que Se deleita em misericórdia.
"Agora, pois", continua o apóstolo, "porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportara" Esta linguagem era grave e forte. Deus não queria pôr "um jugo sobre a cerviz" daqueles cujos corações haviam sido libertados pelo evangelho da paz. Antes pelo contrário, desejava exortá-los a permanecerem na liberdade de Cristo e a não se meterem "outra vez debaixo do jugo da servidão" (Gl. 5:1). Não enviaria aqueles a quem havia recebido em Seu seio de amor "ao monte palpável" para os aterrorizar com a "escuridão", "trevas", e "tempestade" (Hb 12:18). Isso seria impossível. "Mas cremos", diz Pedro, "que seremos salvos PELA GRAÇA DO SE­NHOR JESUS CRISTO, como eles também" (At 15:11). Tanto os judeus, que tinham recebido a lei como os gentios, que nunca a receberam, deviam agora ser "salvos" pela "graça". E não somente deviam ser "salvos pela graça", mas estar "firmes" na graça (Rm 5:2) e crescer na graça (2Pe 3:18). Ensinar outra coisa era tentar a Deus. Esses fariseus subvertiam os próprios fundamentos da fé cristã; e o mesmo fazem todos aqueles que procuram pôr os crentes debaixo da lei. Não existe mal ou erro mais abominável aos olhos de Deus do que o legalismo. Escutai a linguagem enérgica — os acentos de justa indignação—de que se serve o Espírito Santo, a respeito desses doutores da lei: "Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando" (Gl 5:12).
Mas, deixai-me perguntar, os pensamentos do Espírito Santo mudaram a este respeitou Já deixou de ser tentar a Deus pôr um jugo sobre a cerviz do pecadora E segundo a Sua vontade graciosa que a lei seja lida aos ouvidos dos pecadores? Responda o leitor a estas interrogações à luz do capítulo 15 de Atos e da Epístola aos Gálatas. Estas Escrituras, ainda mesmo que não houvesse outras, são sufici­entes para provar que a intenção de Deus nunca foi que os Gentios "ouvissem a palavra" da lei. Se fosse essa a Sua intenção, o Senhor teria, certamente, escolhido alguém para a proclamar aos seus ouvidos. Mas não; quando proclamou a Sua "lei terrível", Ele falou numa só língua; porém quando proclamou as boas novas de salva­ção, pelo sangue do Cordeiro, falou na língua "de todas as nações que estão debaixo do céu". Falou de tal moâoque cada um, na sua própria língua em que havia nascido, pudesse ouvir a doce história da graça (At 2:1 -11).

Conclusão:

Mas a lei não introduziu nenhum novo princípio na situação. Ela simplesmente revelou mais completamente o princípio do pecado que já estava presente. O Evangelho, por outro lado, introduziu um princípio totalmente novo — o princípio da graça de Deus. Por mais depressa que a operação da lei estimule o pecado e o faça crescer, mais depressa ainda a graça de Deus cresce e tira a carga do pecado acumulada


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A peregrinação de Israel no deserto ate o Sinai

A peregrinação de Israel no deserto até o Sinai


Introdução

 gostaria de despertar interesse por ele no coração do leitor, para que o estudasse, por si mesmo, com oração, desde a primeira vez que o encontramos nas Escrituras até chegar àquela consoladora declaração: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima"(Ap 21:3-4).

A Partida para o Deserto

"Depois, fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur, e andaram três dias no deserto; e não acharam águas" (versículo 22). E quando entramos na experiência do deserto que somos postos à prova, a fim de que se manifeste até que ponto conhecemos Deus e o nosso próprio coração. O princípio da nossa vida cristã é acompanhado por uma vivacidade e de um gozo exuberantes, que logo as rajadas de vento do deserto procuram deter; e então, a não ser que haja um profundo sentimento daquilo que Deus é para nós, acima e além de tudo mais, sentimo-nos desfalecer, e em nossos corações tornamos ao Egito (At 7:39). A disciplina do deserto é necessária, não para nos dar o direito a Canaã, mas para nos tornar familiarizados com Deus e os nossos próprios corações, para nos habilitar a compreendermos o poder do nosso parentesco e para nos dar capacidade para gozarmos da terra de Canaã, quando lá chegarmos (veja-se Dt 8:2 - 5).

Mara: as Águas Amargas

Os versículos finais deste capítulo mostram-nos Israel no deser­to. Até aqui parece que tudo lhes havia corrido bem. Terríveis juízos haviam caído sobre o Egito, mas Israel fora perfeitamente excluído; o exército do Egito jazia morto nas praias do mar, mas Israel estava em triunfo. Tudo isto era bastante; mas, enfim, o aspecto das coisas depressa mudou! Os hinos de louvor foram depressa substituídos pelas palavras de descontentamento. "Então, chegaram a Mara; mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas: por isso, chamou-se o seu nome Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de bebera (versículos 23 a 24).
"E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto. E os filos de Israel disseram-lhes:
Quem dera que nós morrêssemos pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão (capí­tulo 16:2-3).
Eis aqui as provações do deserto. "Que havemos de comera" e "que havemos de bebera" As águas de Mara puseram à prova o coração de Israel e mostraram o seu espírito murmurador; mas o Senhor mostrou-lhes que não havia amargura que Ele não pudesse dulcificar com a provisão da Sua graça: "...e o Senhor mostrou-lhe um lenho que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces: ali lhes deu estatutos e uma ordenação, e ali os provou". Que formosa figura d'Aquele que foi, em graça infinita, lançado às águas da morte, para que essas águas nada mais nos pudessem dar senão doçura, para todo o sempre. Verdadeiramente, podemos dizer: "Na verdade já passou a amargura da morte", e nada mais nos resta senão as doçuras eternas da ressurreição.

Elim: Doze Fontes e Setenta Palmeiras

Todavia, o deserto tem os seus Elins bem como os seus Maras; as suas fontes e palmeiras, bem como as suas águas amargas. "Então, vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas (versículo 27).
O Senhor graciosa e ternamente prepara verdes lugares no deserto para o Seu povo; e embora sejam, quanto muito, oásis, refrescam, todavia, o espírito e animam o coração. A permanência temporária em Elim era evidentemente calculada para tranquilizar os corações do povo e fazer cessar as suas murmurações.

ISRAEL AO PÉ DO MONTE SINAI

O Pacto da Graça

Eis-nos agora chegados a um ponto muito importante na histó­ria de Israel. O povo fora conduzido ao pé do "monte palpável, acesso em fogo" (Hb 12:18). A cena de glória milenial, que nos apresenta o capítulo anterior, desaparecera. Fora apenas um momento breve de sol durante o qual fora proporcionada uma viva imagem do reino; porém o sol desvaneceu-se rapidamente e grossas nuvens amontoaram-se sobre esse "monte palpável", onde Israel, num espírito funesto e insensível de legalismo, abandonou o pacto de graça de Jeová pela aliança das obras do homem. Impulso fatal! Que foi seguido dos resultados mais funestos. Até aqui, como temos visto, nenhum inimigo pôde subsistir diante de Israel — nenhum obstáculo pôde deter a sua marcha vitoriosa. Os exércitos de Faraó haviam sido destruídos; Amaleque e o seu povo haviam sido passados a fio de espada: tudo fora vitória, porque Deus interviera a favor do Seu povo, em conformidade com as promessas que fizera a Abraão, Isaque e jacó.

Professor Rerison Brazão