sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os sete selos


      Os sete selos


"...àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio, pelos séculos dos séculos." Ap.5:13b.

O livro de Apocalipse é um livro de revelações feitas por Jesus. Os capítulos quarto e quinto são preparatórios para o desenvolvimento destas revelações. Eles fornecem uma visão acerca do trono de Deus, o Alfa e o Omega e mostra o "Livro selado", cujos selos começam a ser abertos no sexto capítulo. Cristo é o único que tem poder e autoridade para abrir os selos, Ap.5:4-9.

         O livro e os sete selos  (5:1).
         Esse livro nos é pintado como um rolo selado ao longo de suas beiradas, com sete selos, dando a entender que estava tão fechado pois somente um grande poder seria capaz de abrí-lo. Ou então, segundo a opinião de alguns eruditos, o próprio rolo se compunha de sete porções, cada um com seu próprio selo. É o livro das revelações de Jesus Cristo, a profecia que passamos, agora, a considerar.
         Os selos eram usados como marca de autoridade ou autenticidade, também serviam  de testemunho acerca de qualquer documento, como se fosse uma espécie de autenticação. O simbolismo do selo é de uso comum na literatura judaica. ( Ap.10:4; 22:10; Is.29:11; Dn.8:26 ).

1. 2 - Primeiro Selo - O Cavalo Branco (conquista - 6:1-2).
         É bom lembrar aos leitores do Livro de Apocalipse que do capítulo seis até o capítulo dezenove, as revelações escatológicas (que falam a respeito das coisas finais) são direcionadas, na sua maioria, à Grande Tribulação. Inicialmente, vinte e uma pragas serão reveladas (sete selos, sete trombetas e sete taças).
         Um homem montado num cavalo branco surgiu em cena. Há duas idéias sobre isto:
a) Alguns acham que o homem montado no cavalo branco representa Cristo, unindo esta passagem com o capítulo 19:11-16. A cor branca sugeriria a pureza celestial; a coroa, a realeza; o arco representaria o seu modo de vencer os inimigos.
         O cavalo era comumente usado nas atividades guerreiras. Neste ponto,  o cavalo representa guerra, violência, tragédia, etc.
b)  Outros, julgam ser este homem, o Anticristo que imitará o verdadeiro Cristo com uma falsa pureza, falsa paz, usando seu arco, v.2, que significa um instrumento de longo alcance, isto é, na grande tribulação ele tentará persuadir todas nações. O texto diz "saiu vencendo e para vencer". Cristo porém já venceu e é vencedor. O capítulo 5:5 mostra Cristo já como vencedor. Glória a Deus.

1. 3 - Segundo Selo - Cavalo Vermelho (guerra  6:3-4).  
         Este segundo selo mostra um cavaleiro mais pomposo. Nada disse. Apenas cavalgou, e permitiu que a cor de seu cavalo o identificasse. Foi-lhe concedido "tirar a paz da terra e levar os homens a se matarem uns aos outros". "Vermelho" é a cor do sangue, dando a entender derramamento de sangue. Isto acontecerá  na Grande Tribulação, Ap. 14:20 diz  que o sangue chegará até os freios dos cavalos, isto é, muito derramamento de sangue.

1. 4 - Terceiro Selo - Cavalo Preto (fome - 6:5-6).
         Aberto o terceiro selo, identifica-se este terceiro cavaleiro com o a fome. Nos tempos de guerra, escasseia o alimento, e ele é racionado e pesado para cada família. Os preços dos gêneros de primeira necessidade se elevam assustadoramente; triplica ou decuplica o preço do trigo para o pão; do óleo; do vinho, etc. A fome sempre vem na esteira da guerra. Jesus já havia predito isto em Mt. 24:7- "haverá fome".



1. 5 -  Quarto Selo Cavalo Amarelo (pestilência - 6:7-8).
         Um cavalo amarelo, pálido, lívido entra em cena como uma figura hedionda. Seu nome é morte, e o Hades, a região dos mortos, vem atrás dele para apanhar sua presa. Foi-lhe dado o poder sobre a quarta parte da terra, podendo matar seus habitantes por todos os modos concebíveis. Vemos aqui, o terrível efeito da peste que sempre vem depois da guerra e da fome. Ele pode destruir mais vidas do que a própria guerra ou fome. Este julgamento é parcial, pois que se estende apenas a "um quarto da terra". Mas, consegue deixar forte impressão de horror a visão deste cavalo que tem a lívida cor dos cadáveres.
         Tudo o que foi apresentado - a conquista militar, a guerra, a fome e a peste - são manifestações da Ira do Cordeiro - Ap.6:l6-l7, sobre os homens que ficarem na Grande Tribulação.

1. 6 - O Quinto Selo - Lamento dos Mártires  (6:9-11).
         Na abertura do quinto selo a cena se modifica dramaticamente. Até aqui vimos os meios pelos quais Deus pode exercer seu julgamento. Agora, veremos a razão desse julgamento. Debaixo do Altar João vê "as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram". O simbolismo do altar trata-se do lugar, onde podemos nos aproximar de Deus, mediante sacrifício e oração; lugar onde Deus vem ao encontro das necessidades humanas. Quem são esses mártires? Possivelmente os judeus, juntamente com alguns crentes gentios, que serão levados a crer devido ao súbito desaparecimento da Igreja, o qual será antes da Grande Tribulação, ler Ap. 3:10 e I Ts.1:10. Simbolicamente, os mártires da Grande Tribulação clamarão para que se vingue o sangue deles que foi derramado. Parece ser uma atitude não cristã, mas não podemos esquecer que isto é um símbolo, e o ódio ao pecado é parte essencial da retidão de Deus. Este parágrafo reflete a necessidade moral do julgamento. Deus não seria um Deus justo se deixasse sem vingança males tão grandes. A cada um deles se conferiu um vestido branco, símbolo de sua vitória e pureza, e se lhes diz que tenham paciência, pois  o tempo ainda não está maduro para a retribuição de Deus; outros ainda irão sofrer como eles.
O sexto selo representa os juízos na forma de fenômenos cósmicos, v.12-14, terremotos.

1. 7 - O Sexto Selo - Terremoto e Julgamentos (6:12-17).

Escurecimento do sol, lua tornar-se em sangue, estrelas caem do céu, ventos fortes, gentes de todas classes sociais escondem-se em cavernas e rochas, e chamam às montanhas para caírem sobre eles, e assim os escondessem do rosto dAquele que está assentado no trono e da ira do cordeiro. Ainda não está representando neste texto o juízo final, apenas é um julgamento temporal por meio de calamidades naturais. Estes acontecimentos também se referem ao período da Grande Tribulação, Mt.24:21; Ap. 7:14; Dn.9:27, ultrapassando qualquer fenômeno da natureza jamais visto.