MALAQUIAS
A profecia termina com a
promessa da vinda do "Sol da Justiça". Sob o símbolo de uma fornalha,
Malaquias descreveu o dia do juízo. "Nosso Deus é um fogo consumidor"
(Hebreus 12.29). Naquele dia, derreter-se-á o orgulho dos soberbos e dos perversos
(4.1). Deus destruirá totalmente da terra todo mal, sem deixar nem raiz nem
ramo. Para Malaquias, a longa noite de espera precede a gloriosa alvorada do
Messias, o sol da justiça, que nascerá para ser a luz do mundo (João 8.12). Ele
trará a salvação nas suas asas (4.2). O termo usado sugere a ressurreição
maravilhosa do Senhor Jesus, o que garante a salvação comprada na ensangüentada
cruz do Calvário. Os que aceitam a salvação são comparados poeticamente com os
bezerros soltos da estrebaria, que saem e saltam na alegria da vida. A
exuberância espontânea e desinibida caracteriza aquele que conhece o Cristo
ressuscitado como seu Senhor e Salvador pessoal. E com a sua segunda vinda, em
poder e glória, a nossa alegria será completa.
O mesmo sol que afugenta as
espessas trevas da noite, e dá o conforto do calor depois do frio noturno,
também pode queimar. Este Senhor Deus do universo virá para castigar os
perversos: "se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés naquele dia
que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos" (4.3). A segunda vinda de
Cristo marcará a alegria indizível do crente, e a calamidade irreversível do
ímpio. A lei do Senhor é claríssima quanto ao fim do drama da raça humana.
Desde Gênesis até Malaquias a Bíblia adverte e exorta o homem a respeito do
fim. "Lembrai-vos da lei!" (4.4). Antes do dia de juízo, "o
grande e terrível dia do Senhor", vem o dia da graça, o dia da salvação.
Este dia começaria com a vinda do profeta Elias (4.5). Isto é, um novo Elias
haveria de vir. Jesus Cristo, falando de João Batista, confirmou
categoricamente: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que
estava para vir" (Mt 11.14). Ele teria um ministério de reconciliação
dentro do lar, convertendo o coração dos pais aos filhos, e o coração dos
filhos aos pais (4.6). O bendito evangelho começa no lar. Se o Evangelho não
funcionar no lar, não funcionará em parte nenhuma. E curioso que muitas vezes a
gente se esquece desta verdade fundamental. Há pregadores tão ocupados,
salvando o mundo, que negligenciam os seus próprios filhos. A mais bela
expressão do evangelho é o lar feliz, onde os pais entendem os filhos e têm
tempo para eles, onde os filhos, cercados de amor, crescem no conhecimento de
Jesus. Se os raios benditos de luz e amor que emanam do Sol da Justiça não
transformarem o lar do pregoeiro do recado divino, o mundo cético não
acreditará. Ficará sob a maldição, última palavra de Deus, que assim prepara o
mundo para a nova palavra, revelada no Novo Testamento, o Verbo, a palavra
perfeita do nome de Jesus.
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