sábado, 8 de abril de 2017

Distinção entre o arrebatamento e a segunda vinda

Apocalipse 19.7-9 revela que a consumação da união entre Cris­to e a igreja precede a segunda vinda. Em muitas passagens, como Mateus 25.1-13,22.1-14 e Lucas 12.35-41, o Rei é visto no papel do Noi­vo na Sua vinda, indicando que o casamento já se realizou. Esse aconte­cimento, da mesma maneira, requer um período de tempo e torna im­possível que o arrebatamento e a manifestação sejam acontecimentos simultâneos. Embora a extensão do período não esteja sendo verificada nessa discussão, faz-se necessário um intervalo entre o arrebatamento e a revelação.
   Distinção entre o arrebatamento e a segunda vinda.

 Devemos obser­var várias contraposições entre o arrebatamento e a segunda vinda. Elas mostrarão que os dois acontecimentos não são vistos como sinônimos nas Escrituras. A existência de dois planos separados é mais bem per­cebida pelas muitas contraposições encontradas nas Escrituras entre os dois acontecimentos.


1)    A translação compreende a retirada dos cren­tes, enquanto o segundo advento requer o aparecimento e a manifesta­ção do Filho.
2)    Na translação os santos são levados nos ares, enquanto na segunda vinda Cristo volta à terra.
3)    Na translação Cristo vem bus­car Sua noiva, enquanto na segunda vinda Ele retorna com a noiva.
4)    A translação resulta na retirada da igreja e na instauração da tribula­ção, enquanto a segunda vinda resulta no estabelecimento do reino milenar.
5)    A translação é iminente, enquanto a segunda vinda é prece­dida por uma multidão de sinais.
6)    A translação traz uma mensagem de conforto, enquanto a segunda vinda é acompanhada por uma men­sagem de julgamento.     
7)    A translação está relacionada ao plano para a igreja, enquanto a segunda vinda está relacionada ao plano para Israel e para o mundo.
8)    A translação é um mistério, enquanto a segunda vinda é prevista em ambos os testamentos.
9)    Na translação os crentes são julgados, enquanto na segunda vinda os gentios e Israel são julga­dos.
10) A translação deixa a criação intacta, enquanto a segunda vinda implica uma mudança na criação.
11) Na translação os gentios não são afetados, enquanto na segunda vinda são julgados.
12) Na translação as alianças de Israel não são cumpridas, enquanto na segunda vinda todas as alianças são cumpridas.
13) A translação não tem relação par­ticular com o plano de Deus para o mal, enquanto na segunda vinda o mal é julgado.
14) É dito que a translação ocorrerá antes do dia da ira, enquanto a segunda vinda se segue a ele.
15) A translação é apenas para os crentes, enquanto a segunda vinda tem efeito sobre todos os homens.
16) A expectativa da igreja em relação à translação é "perto está o Senhor" (Fp 4.5), enquanto a expectativa de Israel em relação à segunda vinda é "o reino está próximo" (Mt 24.14).
17) A expectativa da igreja na translação é ser levada à presença do Senhor, enquanto a expectativa de Israel na segunda vinda é ser levado ao reino. (W. E. Blackstone, Jesus is coming, p. 75-80) Essas e outras contraposições que poderiam ser apresentadas apóiam a alega­ção de que se trata de dois planos diferentes que não podem ser unifi­cados num só.

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