sexta-feira, 7 de abril de 2017

A última bênção de Moisés e a última bênção de Jacó

 Capítulo 33. Pouco antes de subir ao monte Nebo para contemplar a terra prometida e morrer, Moisés abençoou as tribos de Israel. Convocou-as, exceto a de Simeão e profetizou poeticamente as bênçãos que elas receberiam ao estabele­cer-se em Canaã. A última bênção de Moisés e a última bênção de Jacó contrastam muito entre si. Jacó sintetizou a história da conduta de seus filhos,  que às vezes foi triste e humilhante.   Moisés,  pelo

contrário, passa por alto os pecados deles e apresenta a graça que Deus revelou a seu favor.
Como se explica a diferença entre as duas bênçãos, uma vez que ambas se referem às tribos de Israel? Um comentarista, C. H. Mackintosh, observa: "Jacó contempla seus filhos do ponto de vista pessoal; Moisés os vê segundo a relação que existe com o Senhor em virtude do concerto.

Convém notar que as bênçãos se concretizariam com a colocação de cada tribo na terra de Canaã tal como foi dividida mais tarde. Com olho profético, o velho dirigente viu a terra prometida e a localização posterior de cada tribo. Também se relacionam as bênçãos de cada tribo com a necessidade ou função de cada uma delas. Para Rúben, que havia perdido a primogenitura, Moisés pediu a multiplicação de seus filhos. Judá teria grande poder; seria como o que toma a dianteira nas ações militares contra os inimigos de Israel. Levi recebeu o sacerdócio e o ministério de consultar ao Senhor em paga por seu zelo pela causa do Senhor na ocasião em que Moisés decretou a morte dos impenitentes adoradores do bezerro de ouro. Moisés contemplou a tranqüilidade futura de Benjamim ao habitar nos montes. Acerca das tribos de José, Efraim e Manasses, foi profetizada a fertilidade de sua terra e também sua grande força semelhante à de um búfalo. Zebulom e Issacar prosperariam em empresas comerciais nas costas do mar. Dã seria valente e forte como um leão jovem que chega à plenitude de suas forças. Naftali receberia uma terra fértil na região do mar da Galiléia. De Aser, Moisés profetizou grande abundância de oliveiras e segurança.

 O segredo para receber todas as bênçãos encontra-se no incomparável Deus de Jesurum. Os israelitas alcança­riam vitória sobre seus inimigos porque Deus lha concederia. Quando Israel se colocava nos braços eternos, esses mesmos braços o conduziam pelo campo de batalha e o utilizavam para executar o juízo divino contra os corrompidos cananeus.

A morte de Moisés: Capítulo 34. Como parte da recompensa por sua fidelidade, Deus permite a Moisés contemplar a terra prometida do topo do monte Nebo. Mas por sua desobediência no incidente das águas de Meribá, não se lhe permite entrar naquela terra. Demonstra que embora Moisés seja libertador, não é o libertador por excelência, pois não pôde alcançar para seu povo a vitória final. Não obstante, não houve profeta antes nem depois em Israel como ele. Deus levou o espírito de Moisés consigo e sepultou o corpo em um lugar desconhe­cido dos israelitas. Se o lugar de seu sepultamento fosse conhecido, o povo o teria convertido em um santuário idolatra. Muitos crêem que Josué escreveu este último capítulo como tributo final a Moisés.

Não entrou Moisés, nunca, na terra prometida? Não o vemos mais

nas páginas das Sagradas Escrituras? Sim, vemo-lo na Palestina falando com Cristo no monte da Transfiguração. Quão apropriado era conceder-lhe esta honra! Moisés havia tido uma grande parte na preparação da vinda e obra daquele cujo ministério foi prefigurado pelo grande líder de Israel.

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