domingo, 19 de fevereiro de 2017

Tesouro a preço de sangue




Tesouro a preço de sangue. Após tratar dos que claramente rejeita­ram a Cristo, Pedro focaliza os pri­vilégios e a posição dos que o abra­çaram como Salvador. Devem ago­ra viver o real valor da nova vida (lPe 2:5; Cl 3:3,5). Todos os glorio­sos direitos do antigo Israel perten­cem em sentido mais pleno aos que agora são o verdadeiro Israel de Deus.

1.  Geração eleita. Os redimidos foram escolhidos em Deus e por Deus antes da fundação do mundo. A fon­te da nossa eleição e redenção está no desígnio de Deus. "Eram teus." Mas a nova raça ou geração não é fruto da descendência física. Somos nova criação em Cristo Jesus.

2.  Sacerdócio real. Graças ao re­lacionamento com o Rei, que foi cru­cificado, somos "reino e sacerdotes". Pela graça fomos feitos "reino e sa­cerdotes para o seu Deus" (Ap 1:6).

3. Nação santa. O mundo não cons­titui "nação santa". O antigo Israel era nação santa quando estava junto ao monte Sinai; mas prostituiu-se em seus privilégios e tornou-se nação de­gradada e dividida. Pela obra reden­tora de Cristo, todos os santos formam a sua nação ou povo consagrado.

4. Povo adquirido. O termo "ad­quirido" significa que o povo é de sua propriedade ou para seu uso especi­al (Ex 20:5). O termo traduzido por "adquirido" na realidade significa "acima de tudo" e era comum à vida secular dos romanos. A lei e os cos­tumes permitiam que os escravos adquirissem propriedades particula­res por habilidades ou recursos pró­prios. Se acumulasse uma soma con­siderável, o escravo poderia conquis­tar a liberdade e assim ascender a altas posições. As economias desse escravo (chamadas em latim peculium), sua verdadeira posse, eram direito assegurado por lei. A figura de linguagem usada por Pedro revela o tipo de propriedade que Deus se apraz em exigir com respei­to àqueles que adquiriu de volta para si depois de terem sido escravos do pecado. Todos, salvos por sua graça, são agora seu estimado tesouro.


Outras sementes  do Mestre que Pedro desenvolve são a de Cristo como Pedra e de sua Igre­ja como templo ou casa espiritual (lPe 2:4-8). Além disso, como pode­mos ver, Pedro apreciava muito ex­plicar suas figuras de linguagem, o que mostra quão intimamente andou nos passos de Cristo. APedra à qual nos achegamos não é morta, mas viva, o próprio Jesus que se autodenominou a Pedra. Todos os seus tornam-se "pedras vivas", poli­das à semelhança de um palácio (SI 144:12; ICo 3:9). Juntas, as pedras vivas formam a "casa espiritual", edifício que o tempo não pode dete­riorar nem destruir.

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