terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O voto dos nazireus: NM Capítulo 6:1-21


Números é uma miscelânea de três espécies: acontecimentos históricos da peregrinação de Israel no deserto; leis para Israel, de caráter permanente; e regras transitórias válidas para os hebreus até que chegassem a Canaã. A história e as leis vão misturadas em partes aproximadamente iguais em extensão. As exigências das situações vividas davam origem a novas leis.

 Capítulo 6:1-21. A palavra "nazireu" significa "separado" ou "consagrado"; portanto, alguém que tomava o voto havia de viver separado para Deus. Era um voto voluntário (salvo em casos especiais como o de Sansão) que qualquer pessoa, homem ou mulher, podia fazer para consagrar-se a Deus e viver em maior santidade. Podia ser por toda a vida (como o de João Batista), mas em regra geral era por um período determinado. Três requisitos se indicam aqui:

a)  Abster-se de todo o fruto da vide. A semelhança do sacerdote, quando oficiava, o nazireu negava a si mesmo o uso das bebidas fortes a fim de estar em melhor condição de servir a Deus (Levítico 10:9-11). Além disso, o fruto da vide simbolizava em Israel o gozo natural (Salmo 104:15); por isso o nazireu devia encontrar seu gozo no Senhor (Salmo 36:8, 9).

b)  Não cortar o cabelo como sinal público de que havia tomado voto. O cabelo comprido de Sansão simbolizava que consagrava sua força e virilidade a Deus.

c)  Não tocar corpo morto, nem mesmo o cadáver de pessoa da própria família, porque o nazireu era santo para o Senhor.

Impunha-se um severo castigo quando o voto era quebrado, inclusive quando não o era intencionalmente. Ao terminar o período do voto, o nazireu tinha de desfazer-se de seu cabelo e queimá-lo sobre o altar junto com outros sacrifícios em uma cerimônia pública.

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