Números é uma miscelânea de três espécies: acontecimentos históricos da
peregrinação de Israel no deserto; leis para Israel, de caráter permanente; e
regras transitórias válidas para os hebreus até que chegassem a Canaã. A
história e as leis vão misturadas em partes aproximadamente iguais em extensão.
As exigências das situações vividas davam origem a novas leis.
Capítulo 6:1-21. A palavra
"nazireu" significa "separado" ou "consagrado";
portanto, alguém que tomava o voto havia de viver separado para Deus. Era um
voto voluntário (salvo em casos especiais como o de Sansão) que qualquer
pessoa, homem ou mulher, podia fazer para consagrar-se a Deus e viver em maior
santidade. Podia ser por toda a vida (como o de João Batista), mas em regra
geral era por um período determinado. Três requisitos se indicam aqui:
a) Abster-se de todo o fruto da
vide. A semelhança do sacerdote, quando oficiava, o nazireu negava a si mesmo o
uso das bebidas fortes a fim de estar em melhor condição de servir a Deus
(Levítico 10:9-11). Além disso, o fruto da vide simbolizava em Israel o gozo
natural (Salmo 104:15); por isso o nazireu devia encontrar seu gozo no Senhor
(Salmo 36:8, 9).
b) Não cortar o cabelo como sinal
público de que havia tomado voto. O cabelo comprido de Sansão simbolizava que
consagrava sua força e virilidade a Deus.
c) Não tocar corpo morto, nem
mesmo o cadáver de pessoa da própria família, porque o nazireu era santo para o
Senhor.
Impunha-se um severo castigo quando o voto era quebrado, inclusive
quando não o era intencionalmente. Ao terminar o período do voto, o nazireu
tinha de desfazer-se de seu cabelo e queimá-lo sobre o altar junto com outros
sacrifícios em uma cerimônia pública.
Nenhum comentário:
Postar um comentário