sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Cristo e a Igreja 2º PARTE



PRECISAMOS pensar em Cristo em termos elogiosos. Irmãos, é adequado que vocês pensem em Cristo como pensam em Deus — como o Juiz dos vivos e dos mortos. E não nos convém pensar levianamente de nossa salvação; se pensamos pouco nEle, também esperaremos obter senão pouco dEle. E aqueles de nós que ouvem falar negligentemente des­tas coisas, como se fossem de pequena monta, pecam, não sabendo de onde fomos chamados, por quem e para que lugar, e o quanto Jesus Cristo se submeteu para sofrer por nossa causa. Que retorno lhe daremos, ou que fruto será digno do que Ele nos deu? Pois quão grandes são os benefícios que lhe devemos! Ele nos tem dado luz graciosamente; como Pai, Ele nos chamou de filhos; Ele nos salvou quando estávamos prestes a perecer. Que louvor lhe ofereceremos, ou que lhe daremos pelas coisas que recebemos? Éramos deficientes no entendimento, adorando pedras, madeira, ouro, prata e metal, trabalhos das mãos de homens; e nossa vida era nada mais que mor­te. Envolvidos em cegueira e com tais trevas diante dos olhos, recebe­mos visão e, por sua vontade, pusemos de lado aquela nuvem em que estávamos envolvidos. Ele teve compaixão de nós e misericordi­osamente nos salvou, observando os muitos erros nos quais estáva­mos emaranhados, bem como a destruição a qual estávamos expos­tos e da qual não tínhamos esperança de salvação, exceto a que nos deu. Ele nos chamou quando ainda não existíamos e nos quis para que do nada alcançássemos uma existência real.
A verdadeira confissão de Cristo. Vamos não só chamá-lo Senhor, pois isso não nos salvará. Ele disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, será salvo, mas aquele que pratica a justiça". Portanto, ir­mãos, vamos confessá-lo por nossas obras, amando-nos uns aos ou­tros, não cometendo adultério, não falando mal uns dos outros ou apreciando a inveja, mas sendo moderados, compassivos e bons. Tam­bém devemos partilhar o que temos uns com os outros e não sermos avarentos. Mediante tais obras, vamos confessá-lo, e não por aquelas obras que, ao contrário, não o glorificam. E não é adequado que temamos aos homens, mas antes a Deus. Por isso, se fizermos tais coisas más, o Senhor diz: "Ainda que vós estivésseis reunidos comigo em meu próprio seio, contudo se vós não guardásseis os meus man­damentos, eu vos lançaria fora e vos diria: Apartai-vos de mim; não sei de onde sois, vós, obreiros da iniqüidade".
Este mundo deve ser menosprezado. Portanto, irmãos, deixando de boa vontade nossa peregrinação neste presente mundo, façamos a vontade daquEle que nos chamou e não temamos nos apartar deste mundo. O Senhor disse: "Vós sereis como cordeiros no meio de lo­bos". E Pedro respondeu e lhe disse: "E se os lobos despedaçarem os cordeiros?" Jesus disse a Pedro: "Os cordeiros, depois que estão mor­tos, não têm motivo para temer os lobos; e do mesmo modo, não temeis aqueles que vos matam e não podem fazer mais nada convosco; mas temei aquele que, depois que vós estais mortos, tem poder sobre a alma e o corpo para lançá-los no fogo do inferno". E considerem, irmãos, que a peregrinação na carne neste mundo é breve e passagei­ra, mas a promessa de Cristo é grande e maravilhosa, até o restante do Reino por vir e da vida eterna. Por que curso de conduta, então, devemos alcançar estas coisas, senão levando uma vida santa e ínte­gra, julgando estas coisas mundanas como não pertencentes a nós e não fixando nosso desejo nelas? Pois se desejamos possuí-las, aban­donamos o caminho da retidão.

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