quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Clemente de Roma: Cristo e a Igreja 1º PARTE



O mais antigo exemplo de pregação cristã, fora do Novo Testamento, é a denominada Segunda Epístola de Clemente, endereçada à Igreja em Corinto. Como o leitor perceberá, esta epístola é na verdade um sermão dirigido a seus "irmãos e irmãs". Clemente de Roma foi uma das grandes figuras da Igreja Primitiva e bem pode ter sido este Cle­mente a quem Paulo se refere na Epístola aos Filipenses como seu "cooperador". Ele é considerado um dos Pais Apostólicos e o segun­do ou terceiro bispo de Roma. Eusébio o faz bispo de Roma de 92 a 101 d.C. De Clemente temos uma Epístola aos Coríntios, a qual é de grande importância como testemunho primitivo das grandes doutri­nas cristãs, como a Trindade, a expiação e a justificação pela graça. Mas a Segunda Epístola aos Coríntios atribuída a Clemente de Roma é considerada uma falsificação. Algum pregador ou escritor desejou dar aceitação à sua produção servindo-se do peso do nome Clemen­te. Não obstante, a Epístola, na verdade, o sermão, é de imenso inte­resse para a Igreja de hoje como o mais antigo exemplo de pregação pós-apostólica. Suas declarações, um tanto quanto comuns, pulsam com vida, porque nos são as mais antigas inflexões do púlpito cris­tão. Neste sermão o pregador cita duas declarações de Cristo, as quais eram evidentemente correntes naquela época, mas que não foram registradas no Novo Testamento.
Este primeiro dos sermões cristãos mostra como os temas do pregador — Deus, Cristo, a alma, o julgamento, o céu e o inferno — não mudam de geração em geração, e como o Cristo encontrado na pregação deste desconhecido dos primórdios do Cristianismo é igual ao Cristo pregado hoje — Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.









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