quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ele falou abertamente, sem qualquer restrição.(Mt 23:24)




Chegamos agora a uma fase mui­to importante do ministério de Cris­to, elaborado com o objetivo princi­pal de estimular a observância da lição sobre estar em constante vigi­lância, tendo em vista a sua segun­da vinda. Ele falou abertamente, sem qualquer restrição, sobre a cer­teza do seu retorno e advertiu re­petidamente aos seus que voltaria e apanharia o mundo de surpresa. Portanto os seus seguidores deve­riam estar preparados para, a qual­quer momento, ter esse encontro com ele. A proposta principal sobre o seu retorno, que ninguém absolu­tamente sabe quando acontecerá, é apresentada sob diferentes aspec­tos, mas sempre com a ênfase de que tal acontecimento está sempre às portas.
Mais adiante, temos uma tripla repetição sobre o arrebatamento da Igreja: "Porém, a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas uni­camente o Pai" (Mt 24:43,44; 25:13). No cenário desse fato há sempre o apelo para que desempenhemos conscientemente a nossa solene ta­refa como representantes, e também para que não deixemos de estar pre­parados, tendo em vista que o mo­mento de seu retorno é incerto. Nos discursos escatológicos à nossa fren­te, resta-nos apenas ficarmos im­pressionados com a solenidade da ocasião, i.e., foram as últimas horas de Cristo no templo, o qual estava para deixar, e onde jamais entraria novamente. Ele o tinha chamado "casa de Deus", "casa de oração", mas agora é "a casa de vocês". Não mais de Deus, mas deles. "Agora a vossa casa vos ficará deserta". Deus, em Cristo, ia abandoná-la completamen­te. Campbell Morgan expressa isso fortemente: "Ele deixou o templo para não mais voltar. A sua palavra havia excluído os judeus, não da sal­vação, ou da possibilidade de serem salvos, mas do ofício que manti­nham, por designação divina, de se­rem o instrumento pelo qual o reino de Deus deveria ser proclamado e re­velado entre os homens. Ele havia proferido a sua palavra de Rei, divi­na e final de excomunhão, quando disse à nação por intermédio dos seus líderes: 'O reino de Deus vos será tirado, e será entregue a um povo que produza os seus frutos'".

O discurso com as seis figuras nesse capítulo, foi ininterrupto e continha três partes distintas: Primeira, Jesus dirigia-se às multidões à sua volta e aos discí­pulos que estavam perto dele (Mt 23:1-12). Segunda, embora a multi­dão e os seus ainda estivessem ali, ele se dirigiu diretamente aos líde­res e aos que detinham autoridade, a quem não poupou em sua mensa­gem condenatória (Mt 23:13-26). Quão aterrorizantes foram as suas palavras àquelas autoridades! Ter­ceira, ele falou sobre sua dor de co­ração em relação à cidade de Jeru­salém, representada pelos líderes. Ele se referiu à cidade construída ao redor do templo, como a mãe da na­ção (Mt 23:37-39).

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