Há dois
movimentos básicos na compreensão das reivindicações do Novo Testamento
a respeito de sua inspiração. Primeiramente temos a promessa de Cristo de que o
Espírito Santo guiaria os discípulos no ensino de suas verdades, que constituem
o fundamento da igreja. Em segundo lugar, há o cumprimento aclamado disso no
ensino apostólico e nos escritos do Novo Test
amento.
A promessa de Cristo a respeito da
inspiração
Jesus nunca
escreveu um livro. No entanto, endossou a autoridade do Antigo Testamento (v.
cap. 3) e a promessa de inspiração para o Novo Testamento. Em várias ocasiões,
o Senhor prometeu a concessão de autoridade divina para o testemunho apostólico
dele mesmo.
A
comissão dos Doze. Quando
o Senhor enviou seus discípulos para pregarem o reino dos céus (Mt 10.7), ele
lhes prometeu a direção do Espírito Santo. "Naquela mesma hora vos será
concedido o que haveis de dizer, pois não sois vós que falareis, mas o Espírito
de vosso Pai é quem fala em vós" (Mt 10.19,20; cf. Lc 12.11,12).A
proclamação que os apóstolos fizessem de Cristo teria origem no Espírito de
Deus.
O envio
dos setenta. A promessa
da unção divina não se limitava aos Doze. Quando Jesus enviou os setenta, para
que pregassem "o reino de Deus" (Lc 10.9), ordenou-lhes: "Quem
vos ouve, a mim me ouve; quem vos rejeita, a mim me rejeita..." (Lc
10.16). Eles voltaram reconhecendo a autoridade de Deus até mesmo sobre Satanás
em seu ministério (Lc 10.17-19).
O sermão
do monte das Oliveiras. Em
seu sermão no monte das Oliveiras, Jesus reafirmou sua promessa antiga aos
discípulos: "... não vos preocupeis com o que haveis de dizer. O que vos
for dado naquela hora, isso falai, pois não sois vós os que falais, mas o
Espírito Santo" (Mc 13.11). As palavras que pronunciassem viriam de Deus,
mediante o Espírito; não viriam deles mesmos.
Os
ensinos durante a última ceia. A promessa da orientação do Espírito Santo ficaria mais claramente
definida por ocasião da última ceia. Jesus lhes prometeu: "Mas o
Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas
as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (Jo 14.26). Eis
por que Jesus não escreveu seus ensinos. O Espírito daria nova vida à memória
dos discípulos que os aprenderam; seriam orientados pelo Espírito em tudo
quanto o Senhor lhes havia ensinado. De fato, disse Jesus: "Quando vier o
Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade" (Jo 16.13).
"Toda a verdade" ou "todas as coisas" que Cristo ensinara
seriam relembradas aos discípulos pelo Espírito. O ensino apostólico seria
inspirado pelo Espírito de Deus.
A Grande
Comissão. Quando Jesus
enviou seus discípulos — "... ide e fazei discípulos de todos os povos,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado" (Mt 28.19,20) — ,
fez-lhes a promessa também de que teriam toda a autoridade nos céus e na
terra para realizar a tarefa. A palavra dos discípulos seria a Palavra de Deus.
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