sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O APÓSTOLO PAULO

Caros leitores,
Faz-se imprescindível a leitura do livro de Atos para acompanhar o post de hoje.
Apedrejamentos, homicídios atrozes, entre outros atos sanguinários, tornaram-se eventos rotineiros na vida de cristãos perseguidos por membros das sinagogas, o que se deu após acontecimentos que mudaram os moldes históricos, como a morte e ressurreição de Cristo e o Pentecostes. A Igreja deveria ser extinta por causa deste então considerado movimento revolucionário lunático e rebeldio pelos mestres da Lei, O Evangelho. Estevão abriu mão de sua própria vida para tornar-se o primeiro mártir cristão; em seu julgamento, guiado pelo Espírito Santo, discorreu sobre verdades em sua defesa, num discurso eloquente e profundamente sábio, o que não o impediu de receber a sentença de apedrejamento. Jesus já havia alegado previamente que a união dos santos, a Igreja, seria perseguida e a morte de Estevão marca a primeira de muitas que viriam a acontecer no decorrer da História.
Tomando como ponto de partida a ocorrência do apedrejamento de Estevão, observemos um jovem que estava presente em seu julgamento e martirização. Dedicado estudante da Lei de Moisés, tendo como instrutor Gamaliel, Saulo (também chamado Paulo) não media esforços para cumprir com seus deveres impostos por ela. Seu espírito, sedento por uma justiça carente de nexo, mantinha-se fiel no propósito de exterminar cristãos, uma tarefa cansativa e esgotante, mas até então necessária para manter-se firme e íntegro às suas obrigações como ferrenho aprendiz da Lei, e qualquer indivíduo que fugisse a ela deveria sofrer as penas cabíveis.
Os judeus encontravam-se presos a um sistema religioso superficial e macabro de tal maneira que emergiram num regime resistente e escasso espiritual e intelectualmente falando, e Saulo encontrava-se nesse emaranhado. Os acontecimentos seguintes ao homicídio de Estevão mostravam-se cada vez mais assoladores, e Saulo não media esforços em suas empreitadas homicidas. Esse homem natural de Tarso, que carregava a responsabilidade de aniquilar membros da Igreja, certa vez recebeu cartas de autorização do Sumo Sacerdote para prender e trazer a Jerusalém cristãos para serem julgados. Incumbido de tamanho encargo, Saulo partiu rumo a Damasco, mas algo inesperado aconteceu no caminho. Suas perspectivas, ambições e obrigações tornaram-se nada perante um clarão, mais precisamente uma luz extremamente cintilante, que lhe rodeou e atirou seus companheiros de viagem ao chão.
Esta luz trazia uma mensagem, a qual somente Saulo estava hábil a ouvi-la. O mensageiro era Jesus, a quem Saulo perseguia incansavelmente. Sem rodeios, o Mestre de todos aqueles injustiçados pela persecução de Paulo e grande parte dos religiosos judaicos, encarregou-lhe de outra responsabilidade, porém esta exigia, obviamente, que Saulo abandonasse seus maus caminhos. Na mensagem, Cristo não só oferecia a Paulo uma nova oportunidade de vida, um renascimento, como também lhe comissionava como o Apóstolo dos Gentios.
Cônscio de que Saulo cometia barbáries contra Seus seguidores, o Messias provou mais uma vez o poder regenerativo de Seu Espírito, que salva e liberta os cativos, fazendo questão de não ressaltar demasiadamente seus maus feitos, encaminhando o percurso do discurso ao que realmente interessa: a nova missão de Paulo, que era difundir a mensagem libertadora do Evangelho para aqueles que como ele, outrora presos a todo e qualquer tipo de cárcere, pudessem ter o passe para se achegar a Deus. Mas para que o homem de Tarso pudesse compreender tal apostolado, perdeu a visão para que pudesse ainda ter um vislumbre do poder de Deus. Paulo continuou a viagem a Damasco, agora temporariamente cego, guiado por cristãos damasquinos.
A conversão de Paulo foi um tanto quanto conflitante e esporádica para ele, mas Ananias e seus outros (agora) irmãos em Cristo lhe acolheram, apoiaram e ajudaram. Desde então, Paulo começa a proclamar a mensagem do Evangelho, enfrentando inclusive ameaças de morte, ademais outras complicações, passando da condição de cruel perseguidor da Igreja para diligente locutor do Evangelho da graça de Deus. Seu testemunho nos propicia o ensejo de aprender ainda mais sobre a fidelidade, proteção e amparo de Cristo para com os Seus, e sua conversão evidencia o fato de que o passado, seja lá como ele for, não importa àqueles que renascem em Cristo.
Que Deus abençoe a todos.
Agradecida e agraciada pela inspiração do Espírito Santo,
Esther Moor

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