Há muitos
anos atrás, havia um Homem simples, que fisicamente parecia apenas mais um
andarilho nesta Terra. Por debaixo de uma pele surrada pelo trabalho pesado da
carpintaria, estava concentrada a sede da Sabedoria. O artesão da máquina mais
complexa já existente, o corpo humano, agora caminhava e respirava como cada um
de nos. Ele veio executar Sua missão: Salvar a humanidade de sua pesada bagagem
pecaminosa. Para isso, impôs vários desafios, e um deles foi trabalhar a
personalidade de homens que viriam a serem seus discípulos. Mas quem olhasse para Ele sem olhos de fé
não conseguiria enxergar mais que um homem.
Analisando até mesmo de forma superficial a personalidade dos
discípulos de Cristo, ficamos intrigados ao nos deparar com pessoas de características
razoavelmente distintas e ao mesmo tempo tão parecidas com as nossas. Eram 12
homens cercados por muito trabalho, famílias para sustentar com pouca renda,
estresse e terra seca, e alguns dificilmente sentiam-se estimulados a sonhar
com algo alem da pescaria. Não temos
sido assim? Muitos de nós tornamo-nos máquinas caóticas de trabalho.
Preocupamo-nos com uma vida ligeira e extremamente passageira, limitando nossas
visões de futuro. Costumamos usar a desculpa de que precisamos trabalhar para
garantir um bom futuro. Que futuro? O silencio de um túmulo? Ou algo pior que isso?
Os
discípulos de Jesus tinham personalidades difíceis de serem trabalhadas. Alguns
eram ignorantes, não tinham cultura alguma, talvez nem soubessem escrever.
Outros eram extremamente ambiciosos e ate mesmo pretensiosos. Eles não poderiam
esperar que acontecesse uma grande revolução em suas vidas. Não podiam enxergar
o quadro todo, uma vez que suas mentes estavam bloqueadas para olhar novos
horizontes. Jesus teria de
reconstruí-los para que eles pudessem ser seus ‘’porta-vozes’’ em seu projeto
transcendental.
E foi o
que realmente aconteceu. Homens carrascos, iletrados e arrogantes, foram
convidados a tornarem-se discípulos do Mestre
dos Mestres. Foram convidados. Não persuadidos. Não obrigados ou forçados.
Eles foram cordialmente convidados. Eles tinham a opção de recusar o convite.
Mas porque não o fizeram? Provavelmente foram cativados pelo convite do Senhor.
Talvez viram a serenidade e a tranqüilidade com a qual caminhava, como as
palavras ecoavam de sua boca de forma amorosa. Algo totalmente oposto do que
eles eram. Então, sem pestanejar, aceitavam os convites. A vida rotineira de
pescador ou coletor de impostos nunca seria tão atrativa quanto aquele
inusitado convite. ‘’Siga-me’’.
Jesus
Cristo concedeu extremas lições de amor durante sua trajetória terráquea. Esses
12 homens observavam seu amado Mestre curar multidões de enfermos, perdoar
pecados, e principalmente, proferir suas revolucionarias palavras, capazes de
penetrar o cerne de nossas mentes. Homens inconstantes em suas atitudes viriam
a tornar-se homens amorosos, pacíficos, capazes de escrever lindas cartas
inspiradoras. Tudo isso, graças ao
Mestre.
Estudando
a personalidade dos discípulos, vemos que realmente não há muita diferença
entre eles e nós. Sim, os tempos mudaram, e em tratando-se de saúde espiritual,
ainda somos totalmente imaturos. Porém nós recebemos um convite. Cada novo dia
é um novo convite, uma oportunidade para o aceitarmos. Somos convidados a obter
um relacionamento serio com O Senhor.
Por
Esther Moore
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