terça-feira, 5 de agosto de 2014

A PERSONALIDADE DOS DISCÍPULOS



Há muitos anos atrás, havia um Homem simples, que fisicamente parecia apenas mais um andarilho nesta Terra. Por debaixo de uma pele surrada pelo trabalho pesado da carpintaria, estava concentrada a sede da Sabedoria. O artesão da máquina mais complexa já existente, o corpo humano, agora caminhava e respirava como cada um de nos. Ele veio executar Sua missão: Salvar a humanidade de sua pesada bagagem pecaminosa. Para isso, impôs vários desafios, e um deles foi trabalhar a personalidade de homens que viriam a serem seus discípulos. Mas quem olhasse para Ele sem olhos de fé não conseguiria enxergar mais que um homem.
Analisando até mesmo de forma superficial a personalidade dos discípulos de Cristo, ficamos intrigados ao nos deparar com pessoas de características razoavelmente distintas e ao mesmo tempo tão parecidas com as nossas. Eram 12 homens cercados por muito trabalho, famílias para sustentar com pouca renda, estresse e terra seca, e alguns dificilmente sentiam-se estimulados a sonhar com algo alem da pescaria. Não temos sido assim? Muitos de nós tornamo-nos máquinas caóticas de trabalho. Preocupamo-nos com uma vida ligeira e extremamente passageira, limitando nossas visões de futuro. Costumamos usar a desculpa de que precisamos trabalhar para garantir um bom futuro. Que futuro? O silencio de um túmulo? Ou algo pior que isso?
Os discípulos de Jesus tinham personalidades difíceis de serem trabalhadas. Alguns eram ignorantes, não tinham cultura alguma, talvez nem soubessem escrever. Outros eram extremamente ambiciosos e ate mesmo pretensiosos. Eles não poderiam esperar que acontecesse uma grande revolução em suas vidas. Não podiam enxergar o quadro todo, uma vez que suas mentes estavam bloqueadas para olhar novos horizontes. Jesus teria de reconstruí-los para que eles pudessem ser seus ‘’porta-vozes’’ em seu projeto transcendental.
E foi o que realmente aconteceu. Homens carrascos, iletrados e arrogantes, foram convidados a tornarem-se discípulos do Mestre dos Mestres. Foram convidados. Não persuadidos. Não obrigados ou forçados. Eles foram cordialmente convidados. Eles tinham a opção de recusar o convite. Mas porque não o fizeram? Provavelmente foram cativados pelo convite do Senhor. Talvez viram a serenidade e a tranqüilidade com a qual caminhava, como as palavras ecoavam de sua boca de forma amorosa. Algo totalmente oposto do que eles eram. Então, sem pestanejar, aceitavam os convites. A vida rotineira de pescador ou coletor de impostos nunca seria tão atrativa quanto aquele inusitado convite. ‘’Siga-me’’.
Jesus Cristo concedeu extremas lições de amor durante sua trajetória terráquea. Esses 12 homens observavam seu amado Mestre curar multidões de enfermos, perdoar pecados, e principalmente, proferir suas revolucionarias palavras, capazes de penetrar o cerne de nossas mentes. Homens inconstantes em suas atitudes viriam a tornar-se homens amorosos, pacíficos, capazes de escrever lindas cartas inspiradoras. Tudo isso, graças ao Mestre.
Estudando a personalidade dos discípulos, vemos que realmente não há muita diferença entre eles e nós. Sim, os tempos mudaram, e em tratando-se de saúde espiritual, ainda somos totalmente imaturos. Porém nós recebemos um convite. Cada novo dia é um novo convite, uma oportunidade para o aceitarmos. Somos convidados a obter um relacionamento serio com O Senhor.
Por Esther Moore


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