MALAQUIAS, A SACRALIDADE DA FAMÍLIA.
MALAQUIAS, A SACRALIDADE DA FAMÍLIA.
"Então
vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a DEUS,
e o que não serve" (Ml 3.18).
Objetivos:
Após esta aula, seu aluno deve estar apto a:
Entender que DEUS não aceita qualquer coisa
como oferta, ou um culto prestado de qualquer jeito .
Saber que não devemos esquecer do pacto que
temos com DEUS.
Compreender que DEUS não deseja que seu povo se
misture, casando-se com pessoas que não fazem parte do seu aprisco.
Reconhecer que DEUS trata os justos como seu
tesouro peculiar.
ENSINANDO
A LIÇÃO
Estudaremos
nesta lição o livro do profeta Malaquias. Este livro encerra as profecias do AT
e marca o inicio de um período de quatrocentos anos de silêncio profético .
Malaquias foi o terceiro profeta que profetizou após o exílio. Seu ministério
desenvolveu-se
Durante
os dias de Nímias. O propósito deste livro era fazer um apelo ao povo a sair da
hipocrisia religiosa para se voltar a DEUS e
Ao seu
concerto com corações sinceros e obedientes.
SOBRE O
AUTOR
O nome
Malaquias significa "Meu mensageiro". Pouco se sabe acerca do profeta
Malaquias. A única menção a ele e feita no primeiro
Versículo
do seu próprio livro. Malaquias prediz a vinda de João Batista, o precursor do
Messias. Veja o cumprimento desta profecia: Mt 3.3; 11.10-14; 17.9-13; Mc 1.3;
9,10-11; Lc 1.17; 3.4; Jo 1.23.
Avisos
e repreensão aos infiéis:
Mensagens
a nação inteira
Após o
exílio o povo voltou a transgredir praticando os mesmos pecados do cativeiro. A
nação vivia novamente um momento de declínio espiritual. A fé minguava e o povo
tornava-se indiferente as exigências da lei, realizando o culto de forma
desordenada. Pior ainda, muitos questionavam a DEUS e duvidam da sua justiça ;
outros perguntavam se valeria a pena servir ao Senhor (2.17; 3.14,15).
Malaquias repreende aquela nação mostrando sua ingratidão diante do grande amor
de DEUS para com seu povo, que escolhera Jacó, elegendo-o como filho seu
(1.2,3).
Mensagens
aos sacerdotes
Malaquias
exorta os sacerdotes que, de forma inescrupulosa, desonravam a DEUS na forma de
cultuá-lo. Veja as questões apresentadas pelo profeta:
-
Falta de reverência - “
...desprezais o meu nome" (1.6). O povo havia se tornado insensível e
indiferente. Havia uma correta hipocrisia religiosa. Um "faz de
conta". O povo já não era tão idólatra como os seus pais, que foram
levados para o cativeiro. Havia uma preocupação quanto a questão da idolatria.
Porem havia um outro problema tão grave quanto o primeiro. O povo dizia servir
somente a DEUS, porem DEUS era tratado com desdém. Atualmente, ocorre o mesmo.
Há pessoas que "louvam", se emocionam, oram, no entanto, continuam
praticando os velhos costumes que desagradam a DEUS. Se dizem cristãs, mas
desonraram o nome de DEUS com seu mau testemunho. O verdadeiro cristão é
diferente do mundo.
-
Oferecimento de sacrifícios defeituosos - Os
sacerdotes desrespeitavam DEUS oferecendo-lhe coisas vis e desprezíveis,
“
...ofereceis sobre o meu altar pão imundo" (v.7b), “ Vós ofereceis o
roubado, e o coxo e o enfermo" (v.13). DEUS não aceita qualquer
coisa
como oferta, ou um culto prestado de qualquer jeito. "...Ser-me-á isto
aceito de vossa mão? Pois maldito seja o enganador que ... promete e oferece ao
Senhor uma coisa vil" (13,14). Devemos oferecer o melhor para DEUS. A
viúva pobre foi enaltecida por oferecer a JESUS tudo quanto possuía. A mulher
que quebrou o vaso de alabastro e ungiu JESUS foi elogiada por ter feito tudo
quanto ela podia fazer. E você está disposto a oferecer o melhor que possui
para DEUS?
Certo
irmão, que trabalha numa multinacional, levou um relatório a seu superior.
Este, antes de ler o que estava escrito, perguntou-lhe: " Isto é o melhor
que você pode fazer?" Ele prontamente respondeu: “Não! Acredito que posso
fazer melhor." O chefe devolveu-lhe o relatório e disse: “ Volte e faça o
melhor que você pode e, em seguida, traga-me". Enfatize para seus alunos
que devemos, da mesma forma, oferecer o melhor para DEUS.
-
Indiferença e descontentamento - Os
sacerdotes consideravam a obra de DEUS enfadonha. “Mas vos profanais quando
dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida é desprezível.
E dizeis: Eis aqui que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos
exércitos (1.12,13). Havia uma certa indiferença e descontentamento no
desempenho do serviço de DEUS.
Não
devemos realizar a obra de DEUS relaxadamente (J r 48.10).
-
Violação do pacto Levítico - Os
sacerdotes já não cumpriam as qualidades que o pacto requeria. "Mas vós
vos desviastes do
caminho,
a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes o concerto de Levi, diz o
Senhor dos Exércitos (2.8). Jamais nos esqueçamos do pacto que temos com DEUS
(Hb 10.16,23).
MENSAGENS
DO POVO
Malaquias
censura o povo contra
tre s
graves problemas:
-
Problemas nas relações familiares
-
Muitos haviam se divorciado de suas esposas e casado com mulheres estrangeiras
que viviam no paganismo (2. 11,14,15; Ne 13.23-27). DEUS estabeleceu o
matrimonio com o propósito que este durasse para sempre (Mc 10.6-9). Por outro
lado, ele não desejava que seu povo se misturasse casando-se com pessoas que
não fazem parte do seu aprisco (II Co 6.14). Procure enfatizar que o matrimonio
é uma instituição divina. O casamento foi instituído antes que o pecado
entrasse no mundo. DEUS criou o matrimonio com alguns propósitos básicos:
1.
Companheirismo e satisfação amorosa do casal (Gn 2.18; Ec 9.9; I Co 11.9-11).
2.
Propagação do gênero humano através do impulso genético (Gn 1.28).
3.
Preservação da pureza moral na família e na sociedade. (I Co 7.2; I Ts 4.3,4).
4.
Estabelecimento do lar, o qual deve ser uma pequena Igreja, uma pequena
comunidade, uma pequena escola e uma pequena oficina (Gilberto, A.)
-
Ceticismo - Havia uma descrença
nas coisas de DEUS. Os cépticos insinuavam que os malfeitores agradavam a DEUS
em virtude destes prosperarem (3.14,15) e exclamavam: “ Inútil é servir a
DEUS" (v.14). Malaquias, repreende o povo e diz que DEUS não muda e fará
juízo contra todos os transgressores. Em seguida apresenta uma lista de pecados
que serão julgados (3.5,6).
- A retenção
do dizimo- Finalmente Malaquias
mostra que o povo roubava a DEUS, a medida que não dizimava (3.8). Veja as
referências bíblicas em relação ao dizimo ( Lv 27.30; Nm 18.21). A expressão
"todos os dízimos"(v,10) sugere que algumas pessoas não traziam seus
dízimos ou não dizimavam honestamente. O povo estava retendo uma parte do que
deveria ser trazido a casa do Senhor. O dízimo precisa ser entregue inteiro.
Não cabe a pessoa que dizima administrá-lo ou usá-lo para fazer obras de
caridade, ou mesmo envia-lo a missionários etc. O dizimo precisa ser trazido a
"Casa do Tesouro" (Ne 13.5). A obediência ao Senhor em relação aos
dízimos resultará em grandes bênçãos. Malaquias apresenta uma grande promessa
de DEUS para aqueles que são fiéis dizimistas: "...fazei prova de mim diz
o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar
sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha maior abastança (v.10).
O
tesouro particular de DEUS
Apesar da situação em que se encontrava o
povo após o exílio, quando a chama religiosa estava prestes a se apagar, havia
um grupo
de
fiéis que não aceitava os argumentos dos cépticos, mas procurava aprofundar sua
relação com DEUS. DEUS faz uma distinção entre
o
justo e o ímpio. Entre aquele que lhe serve e o que não o serve (3.18).
Malaquias mostra que haverá uma restauração da ordem moral que existia nos dias
pré-exilicos, com a punição dos ímpios e justificação dos justos. Enquanto ao
ímpio resta o castigo, aos justos, virá a benção. DEUS trata os justos como seu
tesouro peculiar (v.17), seus nomes e seus feitos são registrados num memorial
(v.16). O sol da justiça nascerá para os que temem a DEUS, mas para os
ímpios vira como forno ardente (4.1,2).
Predições
e promessas
Malaquias
encerra o seu livro exortando o povo a lembrar-se da lei de Moises. Em seguida
promete que antes do Dia do Senhor DEUS enviaria o precursor do Messias, que
viria no poder e no espírito de Elias para preparar o caminho para a chegada do
Messias. A vinda desse profeta reconciliaria pais e filhos, e desviaria a
maldição. Após as profecias de Malaquias, houve quatrocentos anos de silêncio
profético. Durante este período não houve nenhuma manifestação de DEUS para o
povo de Israel. Este silêncio profético foi quebrado quando João Batista
apareceu no deserto pregando a mensagem do arrependimento (M t 3.1-12). Em
seguida, veio JESUS trazendo luz para a humanidade que vivia em densas trevas
espirituais (Is 9.3)
CONCLUSÃO
Querido
irmão(ã), guarde consigo as lições extraídas desses livros Proféticos.
Lembre-se, você é especial para DEUS. E um tesouro particular de DEUS.
Portanto: "Em todo tempo sejam alvos os teus vestidos, e nunca falte o
óleo sobre a tua cabeça" (Ec 9.8). CRISTO vira em breve. Aleluia!
INTERAÇÃO
Comumente
isolamos um assunto de determinado contexto literário ignorando o tema central
daquela obra. O livro de Malaquias é o exemplo perfeito disso. Quando falamos
nele, pensamos logo em "dízimo". É como se "Malaquias" e
"dízimo" fossem termos amalgamados. No entanto, veremos que o assunto
predominante do profeta Malaquias não é o dízimo (este apenas é tratado num
contexto de corrupção sacerdotal e da nação), mas contrariamente, é o
relacionamento familiar e civil entre o povo judeu que constituem o seu tema
principal.
OBJETIVOS
- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar
o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias.
Reconhecer
quais são as implicações de um péssimo relacionamento familiar.
Conscientizar-se
que é vontade de DEUS vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado
professor, chegamos a última lição desse trimestre. Estudamos os doze livros
dos Profetas Menores. Sugerimos que você inicie a aula dessa semana fazendo uma
recapitulação dos profetas estudados anteriormente. Pergunte aos alunos qual o
profeta que eles mais gostaram e o porquê. Você também pode relembrar o
período histórico dos profetas e o propósito dos livros. Para auxiliar na
recapitulação, utilize o esquema da Orientação Didática da Lição 1. E para
introduzir a lição de hoje, use o esquema abaixo, mostrando aos alunos um
panorama geral do livro de Malaquias.
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